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  • Adilson
  • 16/03/2020
Vírus do pânico

Por Francisco Maia

Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

Não se pode conhecer a extensão de uma crise sem passar por ela e descobrir o caminho do bom senso. Vivemos momentos de tensão pelo convívio com o surto do coronavírus, uma gripe grave, com pouco risco de morte, altíssimo nível de contágio, que a Organização Mundial de Saúde classificou como pandemia. O ataque desse vírus começou em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China.

Rápido, virou surto e ganhou proporções planetárias. As infecções atingiram os países, com milhares de mortes. O mundo todo adoeceu. Ângela Merkel, a chanceler da Alemanha, já advertiu que 70% do seu país rapidamente serão contaminados. Também para evitar a disseminação do vírus, o Irã mandou soltar 70 mil prisioneiros de baixa periculosidade. Trata-se de um caso de saúde pública mundial, mas apesar de ser um problema de infecção virótica, sua ação internacional atinge o comércio e a economia das nações. Surgiram remédios: o Reino Unido oferece à economia mundial US$ 38 bilhões e a Itália outros US$ 28 bilhões. Estados Unidos e Comunidade Europeia, muito mais bilhões de dólares.

Bons presentes do tempo são as lembranças do passado. A economia dos países demonstrava fragilidades bem antes do surgimento desse vírus. A guerra comercial entre Trump e Xi Jinping da China era uma aflição econômica que afetava a OMC. O capítulo dos conflitos na Síria e Irã e agora a crise do petróleo, que envolve Rússia e Arábia Saudita, fazem a gangorra e as vertigens nas bolsas de valores do mundo. Nada disso se deve ao contágio dessa gripe assustadora. A economia estava mal e se agravou pelo pânico dos mercados. A balança do dólar no mundo tem mais a ver com lucros que com febres de gripes. O bom senso é a vacina dessa crise. Doença é problema de saúde pública; comércio é assunto de mercado. De saúde, quem entende é médico; de negócios, os empresários. Cuide da sua saúde e proteja seu empreendimento. Tenha bom senso. O sucesso depende da forma como na vida, se aprende a lidar com o risco.

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