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  • Adilson
  • 11/08/2023
Seguindo cenário nacional, consumidores do DF mantém otimismo no primeiro mês do segundo semestre

 

A Intenção de Consumo das Famílias no Distrito Federal (ICF-DF) cresceu 2,7% no mês de julho em relação ao mês anterior, atingindo a marca de 83,5 pontos. O movimento mantém a trajetória crescente e acumula avanço de 23,9% nos últimos treze meses. Os dados são da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Cinco dos sete indicadores que compõem o ICF-DF avançaram nas comparações mensal e anual. Os números pressionam o indicador geral para a zona de satisfação (100 pontos), sendo 200 a pontuação máxima.

Analisando conjuntamente a variação mensal e anual, podemos aferir que a dificuldade do acesso ao crédito (-0,1% mensal e -18,6% anual) impede melhor desempenho na intenção de consumo das famílias.

“Já os indicadores de emprego atual, renda atual e perspectiva de consumo (todos no mês de julho situado em patamar igual ou superior a 100 pontos) impactaram positivamente a intenção de consumo das famílias”, destaca o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

No entanto, os juros altos e o elevado nível de endividamento das famílias no DF (78,1%) no mês de julho continuam limitando a capacidade de consumo e inibem as vendas do varejo e dos serviços, que se mantém em relativa estabilidade nos últimos seis meses.

Ainda segundo dados da pesquisa, no mês de julho de 2023 o indicador de emprego avançou 4,6% face ao mês anterior e crescimento de 36,1% em face o mês de julho de 2022. Já a perspectiva profissional avançou 10,7% em relação ao mês anterior e redução de -3,9% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.

No corrente mês, 40,1% dos consumidores se sentem mais seguros no emprego atual, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Apenas 4,8% dos entrevistados disseram estar desempregados.

O acesso ao crédito está mais difícil quando comparado ao mesmo mês do ano passado para 44,9% dos entrevistados, distribuindo-se igualmente entre as diferentes classes de renda. Segundo a pesquisa, 44,6% estão comprando menos, embora estejam com uma perspectiva de consumo para os próximos meses da ordem de 49,5% maior que o ano passado.

O indicador de momento para aquisição de bens duráveis (eletrodomésticos, TV, som, etc..) para casa, embora apresente uma variação positiva de 14,8% quando comparado com mês imediatamente anterior e 4,8% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, requer especial atenção, considerando que o índice mensal de 41,2%, foi influenciado por 78,7% dos entrevistados afirmando vivenciarem um mau momento nas diferentes classes de renda.

“Podemos inferir que o cenário é de melhora no indicador de intenção de consumo das famílias em razão de maior segurança no emprego, melhoria na renda decorrente da redução da inflação, porém a dificuldade de acessos ao crédito e a taxa de juros atuam de forma decisiva para o represamento do consumo”, conclui o presidente Aparecido.

Sobre a pesquisa:

A pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador antecedente do potencial das vendas do comércio, apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os resultados medem o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores, em que o índice abaixo de 100 pontos indica percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica satisfação. A pesquisa contempla 18 mil questionários analisados mensalmente, com dados de consumidores coletados em todas as Unidades Federativas, compilados em sete indicadores: t rês sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional), além da avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

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