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  • Adilson
  • 31/03/2014
Educação no DF

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

A educação no Brasil deveria ser uma prioridade de Estado e não um projeto de governo. Isso requer, basicamente, um objetivo bem definido, com metas realistas. Em outras palavras, é preciso uma política de eficiência na administração pública e de continuidade no que se refere aos bons programas. Entre os problemas observados e tão comentados no DF podemos destacar o sucateamento das escolas, o baixo investimento nos professores e um modelo ultrapassado de ensino. Mas tenho a impressão de que nenhum deles supera a falta de gestão, ocasionada pelas falhas administrativas ocorridas nas últimas décadas.

Neste governo, a Secretaria de Educação está no terceiro secretário. As trocas constantes no comando da pasta, agora e antes, não são positivas. O ideal é sempre colocar os interesses da população acima dos interesses políticos. As soluções para os problemas do ensino existem. Em uma mesa redonda realizada pela Fecomércio, na semana passada, pelo projeto Brasília 2015 -que teve início em 2012 e pretende discutir o futuro da cidade, sem conotação partidária – quatro especialistas apresentaram propostas concretas para a educação do DF. Os renomados professores Jordenes Ferreira da Silva, José Leopoldino das Graças Borges, Luiz Otávio da Justa Neves e Nilton Alves Ferreira discutiram várias questões e em uma delas, particularmente, eles foram unânimes: a desorganização administrativa é um grande entrave.

Defendeu-se a instalação de creches, a escola pública em tempo integral, a remuneração adequada dos professores, a integração entre as comunidades locais e os centros de ensino, a educação acessível para jovens e adultos, o incremento do ensino profissionalizante e a reformulação do Ensino Fundamental, médio e superior, com o objetivo de preparar o aluno para a vida, não apenas ao vestibular ou concurso. Não é fácil transformar a realidade, nós sabemos. Mas precisamos, pelo menos, acreditar que é possível.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 31/03/2014.

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