Pouco importa se é manhã, tarde ou noite. Todos os dias, dezenas de viciados se amontoam pelos becos do centro de Brasília para fumar crack.Vejo essa cena do prédio da Fecomércio, localizado na quadra seis do Setor Comercial Sul. Diante dos olhos de transeuntes apressados, os usuá- rios vagam pelas ruas em busca de meios para consumir a droga. Não existe saúde física ou mental. Os mais dependentes revelam sintomas de depressão, delírios e pânico. Esse efeito destrutivo do crack corrói também a cidade, seus moradores e equipamentos urbanos. Nas quadras do Setor Comercial o que se observa são buracos, calçadas quebradas e praças imundas. Os trabalhadores e empresários se sentem impotentes. Já chamamos a polícia, procuramos as autoridades e apoiamos projetos sociais. Foi em vão. Os viciados sempre retornam.