Integrantes da Câmara de Economia Criativa da Fecomércio-DF estiveram reunidos nesta sexta-feira (17), na Secretaria de Cultura do DF, para apresentar dados e um histórico detalhado sobre os eventos regulares e expressivos da cidade. O trabalho foi realizado pela Federação, por meio do Sindeventos, com o objetivo de demonstrar a relevância do setor para o novo Secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues. A ideia é dar prosseguimento ao que já estava sendo feito com a antiga gestão da pasta. Outra demanda apontada durante o encontro foi a necessidade de destravamento da Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
O secretário Bartolomeu Rodrigues afirmou que é preciso andar alinhado com os eventos culturais em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva da cultura do DF. Ainda de acordo com o secretário, é preciso investir em cultura. “É preciso diálogo para alinhar os objetivos de cada Secretaria. A Secretaria de Economia, por exemplo, precisa economizar para os cofres públicos. Já a pasta de Cultura precisa aportar recursos para estimular a produção cultural do DF”, disse Bartolomeu. O secretário anunciou, na quarta-feira (15), a retomada do edital Áreas Culturais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Lançado em outubro de 2018, o fomento prevê o investimento de R$25 milhões em 269 projetos culturais em todo o Distrito Federal.
Bartolomeu Rodrigues explicou que a retomada do edital atende a uma demanda da categoria, que deixou de realizar importantes ações no ano passado. Ele também informou que a pasta trabalha para lançar o primeiro bloco de editais do FAC de 2020 ainda em fevereiro. “Nosso objetivo é soltar o quanto antes esses editais de forma a incentivar a cadeia produtiva cultural do DF”, afirmou.
O vice-presidente da Câmara Empresarial de Economia Criativa da Fecomércio, Miguel Galvão, foi o responsável por apresentar os dados sobre o setor de eventos para o secretário. Ele também fez um alerta sobre a necessidade de urgência do GDF em estabelecer as condições para a captação e descontos destinados a empresas incentivadoras de eventos culturais. “Nossa ideia é viabilizar a LIC de uma forma mais factível e condizente com a realidade do setor de eventos, considerando as discussões que já aconteceram entre o setor produtivo e o GDF. A Fecomércio vem preparando uma lista de sugestões/inovações por meio de um documento que será oficializado ao governo nos próximos dias”, contou.
Atualmente, a iniciativa privada ajuda a viabilizar, por meio de isenção fiscal, projetos culturais que contribuem com geração de emprego e renda no DF. O outro vice-presidente da Câmara Empresarial de Economia Criativa, e um dos produtores do Festival CoMA, Reinaldo Gomes, disse que a reunião foi uma continuidade de um conjunto de reuniões com o GDF pra tratar de assuntos que estimulem a retomada da LIC e o fomento na área cultural. “Nós pedimos essa reunião com o novo secretário de cultura, para passar pra ele o contexto do que estávamos trabalhando”, disse Reinaldo.
Incentivo ao pequeno empresário
Durante a reunião, os empresários pediram também que o GDF crie meios para democratizar o acesso a incentivos que beneficiem os pequenos eventos, com a realização do Rodada de Negócios. “É imprescindível o retorno da confiança das empresas incentivadoras em nossos eventos. A LIC é uma forma de projetar os eventos locais criando condições de emancipação. O Rodada de Negócios será feito com as empresas patrocinadoras (incentivadoras) e com grupos empresariais que tenham alta arrecadação de ISS e ICMS”, disse Miguel Galvão. A diretora regional em exercício do Sesc-DF, Nina Fontes, também participou da reunião.