O ano de 2011 foi importante para os setores de comércio, serviços e turismo do Distrito Federal. Obtivemos vitórias significativas para toda a sociedade. O período foi marcado pelo início da regularização dos puxadinhos da Asa Sul, pela retomada do processo de análise de projetos do Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável do DF (Pró-DF), pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da Linha Branca e pela importante regulamentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no DF.
Mas, não podemos deixar de citar, também, as dificuldades. Os problemas enfrentados pela Administração Pública local e nacional trouxeram reflexos negativos sobre o setor produtivo. A inabilidade do governo em lidar com greves de categorias essenciais alimentou prejuízos. A concorrência desleal do comércio ilegal continua afligindo os empresários. E a aprovação de algumas leis restritivas ao desenvolvimento econômico serviu como obstáculo para o crescimento do DF.
Tais fatores servem para comprovar que a saúde da nossa economia não depende apenas do espírito empreendedor, da capacidade de inovar ou da criatividade de cada empresário. O bom andamento dos negócios depende, e muito, de uma infraestrutura adequada para o crescimento, de uma carga tributária mais justa, de uma maior segurança jurídica (com leis mais claras e menos sujeitas a mudanças), de uma administração pública eficiente e transparente e, sobretudo, da redução da corrupção.
O roubo de recursos públicos é, talvez, um dos maiores entraves para o sucesso do Brasil. Para combater esse mal, a Fecomércio-DF lançou em 2011 um manifesto contra a corrupção, em conjunto com os seus sindicatos associados. No documento, exprimimos a disposição do empresariado brasiliense em se mobilizar e contribuir para o fim dessa epidemia.
Constituímos um grupo de combate à corrupção e traçamos eixos norteadores de discussão a serem tratados nesse espaço. Explicitamos, assim, nossa disposição de trabalhar com afinco para vencer essa luta. Os desafios para 2012 não serão poucos. A regularização dos condomínios horizontais no Distrito Federal merece atenção, pois pode trazer mais possibilidades para o comércio. Os puxadinhos da Asa Norte necessitam de regulamentação, a comercialização de produtos brasilienses fora do território necessita de incentivos.
A nosso favor, no combate aos desafios que estão por vir, temos uma perspectiva de crescimento já percebida por instituições renomadas. Para o primeiro trimestre do próximo ano, a expectativa de crescimento aumentou em 2%. São indícios de que o empresário acredita no País e aposta no Brasil. Que venha 2012!
*Publicado originalmente no Jornal de Brasília – 26/12/2011
Brasília, 26 de dezembro de 2012
Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomercio-DF