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Parabéns Brasília

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

É tempo de homenagear Brasília. Todos os brasileiros merecem os parabéns por estes 54 anos. Costumo dizer e repetir que essa cidade me deu tudo. Cheguei ao Planalto Central ainda em 1964 e com o passar do tempo construí minha família, estudei e empreendi. Esse campo fértil de oportunidades só fez aumentar a minha gratidão. Por isso, sempre procurei retribuir o que a capital da esperança me deu. Enquanto fui senador da República lutei ao máximo para promover o desenvolvimento e a qualidade de vida da população brasiliense. Também mantenho esse trabalho como presidente da Fecomércio, do Sesc, do Senac e do Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Diante de tudo que tenho visto nos últimos anos digo com convicção que, além de homenagear, também é tempo de preservar a cidade. O crescimento urbano desordenado e a ineficiência do Estado em oferecer serviços públicos com o mínimo de qualidade impuseram grandes desafios para os brasilienses. Hoje, convivemos com os mesmos problemas de mobilidade urbana e insegurança que afligem outras metrópoles. Além disso, precisamos lidar com uma saúde e uma educação pública precárias. Como se não bastasse, o próprio meio ambiente e o Plano Piloto estão ameaçados por projetos que ferem nosso patrimônio.

As soluções passam por planejamento e gestão. Após mais de um ano de debates realizados na Fecomércio, com especialistas renomados, por meio de um projeto chamado Brasília 2015, chegamos a conclusão de que parte das respostas está fora do DF. É preciso estimular o desenvolvimento econômico das cidades limítrofes, respeitando seus potenciais. Aliado a isso, é necessário desafogar a área central, com a descentralização da economia. Brasília não foi criada para ser um polo industrial, mas uma cidade administrativa. Sua vocação é para comércio e serviços. O fortalecimento dos municípios vizinhos ajudará a preservar a capital pelos próximos 54 anos, de uma forma que, assim como antes, não faltem oportunidades para todos.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 21/04/2014.

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