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Médias empresas

Adelmir Santana – Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

O abismo existente entre as pequenas e grandes empresas no Brasil parece estarmais profundo. Isso se deve, em parte, à falta de estímulos para os médios empreendedores. Pude comprovar essa realidade em dois encontros distintos, dos quais tive a satisfação de participar na semana passada: o 3º Diálogo Interamericano de Altas Autoridades para MPMEs, promovido pelo SEBRAE Nacional, e o Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento. Destaco alguns números e argumentos que refletem bem a situação.

Atualmente, o retrato das empresas no País é o seguinte: 99,1% do total correspondem a micro e pequenas. Estas, por sua vez, possuem entre 50% e 60% de participação nos empregos e apenas 25% de participação no Produto Interno Bruto. Significa que as micro e pequenas empresas são muitas e geram muitos postos de trabalho – o que é excelente -, mas possuem pouca representatividade nos negócios. Esse fator nos leva a outra constatação: só atingiremos o crescimento econômico sustentável quando viabilizarmos a competitividade em todos os setores brasileiros e não apenas entre os grandes.

Por incrível que pareça, não existem muitos dados e estudos sobre qual é o perfil das médias empresas no País. De uma maneira geral, ainda faltam benefícios para que as pequenas cresçam e tornem-se médias. O que ocorre hoje é que, quando um empresário cresce muito rapidamente, ele prefere continuar pequeno para não pagar a enorme quantidade de tributos que serão exigidos caso ele mude de categoria. Isso acaba sendo um limitador para a economia nacional. Historicamente, houve uma grande mudança para as pequenas e médias empresas nos últimos anos. O Super Simples, por exemplo, representou um avanço na formalização do empreendedor. Mas, como bem foi observado nesses encontros, precisa ser simples para todo mundo.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 18/11/2013.

Brasília, 18 de novembro de 2013.

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