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Falsificação atrapalha mercado óptico do Distrito Federal

Depois de anos enfrentando altos e baixos na receita, o setor óptico acredita em uma real retomada de crescimento da indústria neste novo cenário brasileiro. Assim como a maioria dos setores que movimentam a econômica nacional, o óptico foi atingido pela instabilidade que dominou o País até 2018. Pensando nessa retomada, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico e Fotográficos do Distrito Federal (Sindióptica), José Fernando Ferreira, explicou os planos do seu mandato à frente do segmento. Estratégias para despertar a atenção sobre os malefícios para o uso de óculos falsificados e o combate à pirataria são os principais desafios apontados por José Fernando.

Para atrair os associados, o Sindióptica traça metas preocupado em estimular a produção e sobrevivência do setor. “O grande desafio dos sindicatos é a sobrevivência. Muito por conta do fim da contribuição sindical. Para que isso aconteça estamos reinventando o sindicato para que nosso associado se sensibilize”, explicou José Fernando. Segundo o presidente, a fase do país e o desemprego afetaram diretamente os empresários do segmento óptico.

Além disso, vários temas pertinentes ao comércio informal foram abordados, por José Fernando. Segundo ele, alguns pontos importantes para a efetividade no combate em vendas de artigos falsificados, entre os quais, óculos, lentes e armações esta sendo alvo de debate e luta do Sindióptica no Congresso Nacional. Além de intensificar a fiscalização e monitoramento através de operações, o presidente sugere que haja mais políticas públicas em parceria com o governo local. “Nós temos algumas lutas, a nível nacional, como por exemplo, a Câmara Brasileira do Comércio de Produtos e Serviços Ópticos, da qual eu faço parte. Lá, atuamos 24h a favor da ótica e contra aqueles que querem colocar para nós algo que não é de nossa responsabilidade ou tirar direitos adquiridos. É uma luta que a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) tem, por meio da câmara brasileira de ótica, que segue permanentemente lutando e que as vezes os associados não sabem desse trabalho. Enquanto eles estão do outro lado do balcão, nós estamos sempre trabalhando para defender a classe”, contou José Fernando.

Para José Fernando, é necessário efetuar ações com o GDF para atingir resultados mais eficazes. “Faltam políticas públicas do governo no combate à pirataria. Já estamos tentando alinhar um acordo com o Governo de Brasília para coibir essa prática. O segmento sofre com esse comércio ilegal. É uma concorrência desleal. No DF, não exigem nada para quem trabalha com pirataria, nada pra Receita Federal. Não tem como concorrer”, questionou o presidente.

José Fernando também contou que o sindicato segue recebendo apoio imprescindível da CNC, que disponibiliza uma comissão permanente de juristas que lutam em prol das óticas. “Duas vezes por ano nos reunimos e estamos constantemente interagindo com a CNC. Nosso trabalho tem sido feito junto A Confederação Nacional, que tem tudo uma preocupação muito grande com a sobrevivência dos sindicatos”, contou. Outro desejo de José Fernando é efetivar parcerias com o Sesc-DF e com o Senac-DF ainda em 2019. A ideia é levar benefícios para os e divulgar os serviços prestados pelas instituições. “É uma estratégia para mostrar que o Sistema oferece diversos benefícios para a classe empresarial. Muitas vezes sem custo nenhum”, contou José Fernando.

Perigo para a saúde

Segundo especialistas, lentes de óculos solares sem proteção UV ou com proteção superficial, dilatam a pupila, permitindo que os raios nocivos penetrem no sistema óptico podendo levar à cegueira. Os óculos de sol sem qualidade apresentam ondulações nas lentes, causando distorções na visão, dores de cabeça e transtornos visuais temporários, podendo levar à necessidade do uso de lentes de grau. Já as armações sem qualidade podem causar alergias e assaduras na pele. José Fernando conta que os malefícios causados por uma mercadoria pirata podem ocasionar danos irreversíveis na visão. “Esse uso indiscriminado de produtos falsificados pode causar lesões na visão gravíssimas”, disse. O presidente alerta para as consequências na hora da compra de mercadoria falsificada. Ele reitera que vender produtos pirateados é crime, segundo, inclusive, o código de defesa do consumidor.

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