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  • Adilson
  • 23/12/2013
Desrespeito recorrente

Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Depois do período de seca e calor intenso, é a vez das chuvas de verão. Com elas, os alagamentos, desabamentos, erosões e muitas famílias desabrigadas. Essa situação, que se repete ano após ano, é crônica nas grandes cidades do País. Isso se arrasta e se prolonga há décadas. Todo ano é uma catástrofe sem precedentes, onde vidas são levadas por falta de uma providência do governo. No estado do Rio de Janeiro, uma das capitais que mais vem sofrendo com a falta de infraestrutura adequada, a Defesa Civil contabiliza 3 mil famílias desalojadas e 150 desabrigadas por causa das enxurradas. Em Belo Horizonte, a chuva provocou vários pontos de alagamento deixando a população ilhada em diferentes áreas da capital mineira.

No Distrito Federal, a situação não é muito diferente. Basta chover para o trânsito virar um caos: tesourinhas são inundadas e os moradores ficam horas sem energia devido à falta de preparo do sistema de mobilidade e de energia da capital do País. No mês de novembro, em apenas um dia de fortes chuvas os bombeiros da capital atenderam mais de 70 ocorrências. Entre elas: desabamentos de muros, acidentes de trânsito, queda de árvore e inundação de residências, além de crateras que se abriram no meio da rua. Recentemente, aconteceu o pior: uma criança morreu afogada após um ônibus escolar ficar preso em meio à água de chuva acumulada debaixo de um viaduto em Ceilândia. Essa situação é inadmissível.

É preciso conscientização por parte dos cidadãos e responsabilidade por parte das autoridades. Do povo, devemos esperar a cidadania, como por exemplo não jogar lixo nas ruas. Esse simples gesto já evitaria transtornos futuros. Do governo, cobra-se o investimento necessário em obras de infraestrutura. Espera-se que esses planos de contenção e prevenção saiam do papel e sejam postos em prática devidamente. Hoje, tenho apenas uma certeza: se a situação não mudar, nos próximos anos teremos colapsos com conseqüências cada vez piores.

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