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Vice-presidente da Fecomércio-DF escreve artigo sobre o setor imobiliário

Em um artigo intitulado “Nariz fora d’água” o vice-presidente da Fecomércio-DF, Miguel Setembrino, cita boas notícias para o setor imobiliário, como o  remanejamento de verbas para o crédito imobiliário e a liberação de quase R$ 5 bilhões para financiamento da casa própria a cotistas do FGTS. Porém, segundo Miguel Setembrino, prevalece um entendimento comum no mercado de que a retomada dos investimentos depende muito mais do sentimento popular positivo em relação à economia do que dessas ações isoladas, uma vez que não adianta oferecer crédito se o empresário não quiser, por exemplo, investir na construção de imóveis porque a demanda está baixa. “O reforço de crédito traz um recurso que antes não existia e dá fôlego para o Sistema Financeiro Habitacional (SFH) e tem chances de durar até o fim do ano, mas, sem uma retomada da economia, novas medidas paliativas serão necessárias”, afirma Setembrino.

 

Nariz fora d’água

Miguel Setembrino Emery de Carvalho

Quando o setor imobiliário brasileiro já flertava com o fundo do poço, com o caos, o colapso total, eis que nos últimos dias do mês de maio, o Conselho Monetário Nacional (CNM), anunciou um providencial remanejamento de R$ 22,5 bilhões destinados ao crédito imobiliário, justamente em um momento de altas nos juros e de restrições nos financiamentos habitacionais.

Na prática, os bancos poderão usar parte maior dos recursos que deveriam ficar retidos na autoridade monetária (Banco Central) e destiná-los para empréstimo para compra de imóveis. A liberação deve beneficiar principalmente a Caixa Econômica Federal, que detém uma participação de 70% do mercado.

Outra boa notícia, veio do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que anunciou a liberação de quase R$ 5 bilhões a mais este ano, para financiamento da casa própria a cotistas do FGTS que ganham mais. A medida, como se sabe, veio acompanhada, no entanto, da redução do teto do valor do imóvel de R$ 750 mil para R$ 400 mil.

Na visão do governo, tais medidas são necessárias para recuperar a construção civil e impedir uma retração ainda maior da que se observava e foi entendida pelo mercado como uma sinalização de que o governo resolveu olhar para o setor, que até o momento estava carente de ações efetivas.
Alguns economistas, no entanto, apresentam algumas ressalvas, entendendo que na verdade, o governo favoreceu ao crédito direcionado, àquele destinado a setores específicos da economia,  em detrimento ao crédito livre, àquele destinado para qualquer tomador de empréstimo.

Mesmo assim, segundo eles, a medida é fundamental para evitar que um setor importante da economia, como o mercado imobiliário, sofra ainda mais com a elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), que chegou a seu nível mais alto desde 2009 (13,5%), e estimule os investimento.

Todavia, prevalece um entendimento comum no mercado de que a retomada dos investimentos depende muito mais do sentimento popular positivo em relação à economia do que dessas ações isoladas, uma vez que não adianta oferecer crédito se o empresário, por exemplo, não quiser investir na construção de imóveis porque a demanda está baixa, em função de a diminuição dos recursos da poupança ter sido determinante para os  bancos aumentarem os juros dos financiamentos imobiliários.

O reforço de crédito traz um recurso que antes não existia e dá fôlego para o Sistema Financeiro Habitacional (SFH) e tem chances de durar até o fim do ano, mas, sem uma retomada da economia, novas medidas paliativas serão necessárias.
Enfim, om as medidas propostas, o governo espera aquecer o setor, que está com os estoques altos e demitindo trabalhadores, – 110 mil postos foram fechados na construção civil em 2014 — pela falta de perspectiva de novos lançamentos.

A expectativa é de que, com mais recursos disponíveis, mais pessoas tenham acesso ao crédito imobiliário, embora ainda não haja sinalização de como esse dinheiro será usado, de como os bancos vão financiar, quem vão financiar, e se as taxas de juros voltarão aos patamares anteriores.

No momento, conseguimos botar o nariz para fora d’água. Ainda estamos respirando!

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