As vendas no varejo brasileiro no mês de setembro tiveram queda de 0,5%, quando comparado com o mês de agosto, registrando recuo pelo oitavo mês seguido – a maior sequência de taxas negativas. Já em relação ao mesmo período do ano passado o índice teve retração de 6,2%. É o que mostra estudo divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O recuo mensal foi influenciado pelos ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,7%). Na comparação com o mesmo período do ano passado, as oito atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE registraram recuo. As vendas de móveis e eletrodomésticos caíram mais do que todas as outras (17,9%), seguidas por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-12,9%).
Neste cenário, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou as projeções para as vendas de fim de ano. Para a entidade, a expectativa é de queda de 4% nas vendas do varejo restrito. Já no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a previsão é de queda de 7,6%. No entendimento da divisão econômica da CNC, não existem fatores concretos capazes de reverter o quadro recessivo do setor no médio prazo.