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Urbanização do Noroeste ainda carece de contrapartidas do governo

por acm

O cenário no Noroeste é desanimador. Os moradores reclamam da falta de infraestrutura. De acordo com eles, o governo prometeu obras que não saíram do papel. Além disso, questões ambientais foram ignoradas. Na opinião do vice-presidente da Fecomércio, Miguel Setembrino, o GDF precisa reverter esse quadro.

“Famílias inteiras mudaram para o bairro e muitas reconhecem que a fase de adaptação deveria ter acabado e a infraestrutura básica deveria ter sido feita desde a finalização dos primeiros prédios”, diz.

 

Leia o artigo do vice-presidente da Fecomércio-DF, Miguel Setembrino, publicado no Jornal de Brasília.

Um horizonte de promessas vazias

Há pouco tempo, aqui mesmo nas páginas deste Jornal de Brasília, foi tratado um tema que não tem merecido o devido empenho do governo do Distrito Federal, qual seja, a contrapartida do poder público na implementação do novo Setor Noroeste, saudado quando de seu lançamento, como uma opção ecológica e moderna de se viver bem na capital do País, ocupando a última área disponível do Plano Piloto e prevista na revisão do Plano Urbanístico de Lúcio Costa.

Na época de lançamento do setor, os agentes públicos e privados envolvidos no empreendimento saudavam a efetivação das chamadas PPP’s – Parcerias Públicas Privadas, que encaminhariam, de forma definitiva, novos patamares de relacionamento visando como pano de fundo a satisfação do cidadão e do consumidor de imóveis. Passada a euforia do lançamento do novo bairro, do sucesso das licitações de novos terrenos, da aquisição assombrosa de imóveis na planta e uma consequente valorização, o cenário hoje é bem mais sombrio e desanimador.

“O bairro do futuro, da sustentabilidade e do metro quadrado mais caro de Brasília ainda está no breu e em meio à poeira. Os moradores, que esperaram aproximadamente três anos para pegarem as chaves, reclamam da falta de infraestrutura. Mas o problema do Noroeste vai além e ainda esbarra em questões ambientais: o Ministério Público pede a suspensão das obras na chamada expansão do setor”, alertava a reportagem deste jornal.

As promotorias de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e do Meio Ambiente (Prodema) do MP ajuizaram ação civil pública com o objetivo de paralisar, imediatamente, as obras de terraplanagem e infraestrutura da segunda etapa. O Ministério Público alega que houve a retirada de vegetação, inclusive de área não autorizada, o que pode acarretar num dano irreparável ao meio ambiente, à ordem urbanística e ao patrimônio tombado do Distrito Federal.

A ação do MP pede, também, que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) seja obrigado a fiscalizar as condicionantes impostas no Licenciamento Ambiental e que a Caesb esclareça sobre o nível de contaminantes remanescentes do tratamento do esgoto, lançados no Lago Paranoá, para saber se a água é segura para o consumo da população, e, ainda, impedir que sejam expedidos alvarás de construção para os prédios previstos no setor, uma vez que a ampliação causará danos ao Conjunto Urbanístico de Brasília. O processo tramita na Vara do Meio Ambiente do DF desde junho.

Enquanto isso, prossegue a reportagem, quem escolheu morar no Noroeste tem enfrentado problemas, como o a falta de iluminação e de transporte públicos, além da poeira. Especialistas acreditam que o problema não é a falta de dinheiro, e sim de gestão. O parque, uma das maiores promessas do bairro, ainda está sem estrutura. A proposta urbanística prevê a construção de museus, espaços culturais, praças e áreas de lazer, inclusive com uma fonte interativa, na qual as pessoas poderão tomar banho. Além das características de entretenimento e cultura, a área seria importante para manter a promessa de sustentabilidade do bairro, por meio da construção de lagoas que serviriam para conter a velocidade das águas e evitar erosões. Até agora, o espaço está cercado por mato, onde moradores de rua dormem e catadores de lixo trabalham.

Famílias inteiras já mudaram para o bairro, e apesar da grande expectativas para o futuro, muitas reconhecem que a fase de adaptação já deveria ter acabado e uma infraestrutura básica deveria ter sido feita desde a finalização dos primeiros prédios.

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