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Tecnologia da informação como alternativa de desenvolvimento para o DF

Pesquisa inédita elaborada pelo Sebrae-DF, com apoio e iniciativa do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF), entidade da base da Fecomércio-DF, apontou que em oito anos (2006 a 2014) o DF ganhou 1.056 novas empresas na área de tecnologia. Em 2014, o DF contava com 4,8 mil empresas de serviços; 2,1 mil estabelecimentos de comércio em geral de TI; e 42 estabelecimentos voltados para a fabricação de hardware. De todo o mercado da área de TI do Brasil, cerca de 30% está em Brasília, que é também o maior mercado consumidor de serviços de TI do País.

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“A razão para o alto número de empresas voltadas para serviço é muito pela presença do Governo Federal, que é o maior demandante de serviços, além do GDF, e diversos outros setores que demandam o serviço do segmento”, explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Aguiar. “A demanda estratégica para o desenvolvimento do TI no DF é imensa, até porque a nossa cidade, desde a sua inauguração, nunca teve uma vocação de uma cidade industrial. Toda e qualquer atividade sempre se buscou fazer a partir da área de serviços e da indústria limpa. Então, essa área é de interesse grande do governo, para que se desenvolva cada vez mais”, afirma.

Qualquer que seja a visão de futuro estabelecida para Brasília, todas elas devem encarar o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação como uma alternativa de desenvolvimento para a cidade. “Essa bandeira precisa ser defendida. Nós sabemos que o DF não foi concebido para ser um centro industrial ou um polo de agricultura. Essas indústrias são muito relevantes, mas não encontram espaço territorial suficiente na capital da República. A nossa vocação está nos setores de Comércio, Serviços e Turismo,notadamente em atividades intensivas em inovação, como é o caso do segmento de tecnologia”, explica Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF.

Apesar de promissor, o cenário poderia ser ainda melhor, na visão do presidente do Sindesei, Charles Dickens. Ele explica que atualmente, o setor enfrenta dificuldades para que o número de novas empresas cresça. “Brasília tem grandes quantidades de serviços em TIC, principalmente pelas demandas do GDF e do Governo Federal. Apesar disso, ainda enfrentamos entraves relacionados à necessidade de  mão de obra especializada e à forte concorrência das empresas de fora do DF, que contam com benefícios em seus estados de origem que não contamos aqui”, explica.

É notório que o segmento de TIC é de extrema importância para o desenvolvimento do comércio e da economia local. Em contrapartida, de acordo com Charles, um dos entraves do setor é contar com poucas políticas e programas de fomento ao segmento. O acesso a recursos que são fundamentais, tanto para o estabelecimento, como para o fortalecimento das empresas locais, como falta de incentivo tributário, são dificultados.

O presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais (ASTEPS), Hugo Giallanza, reforça o pleito do Sindesei, ao ressaltar que falta continuidade dos projetos que impulsionem o setor de TIC brasiliense. “Um excelente caminho a ser trilhado seria o pleito de incentivos fiscais para essas empresas que estão sediadas aqui. Investir no segmento de tecnologia irá aumentar a arrecadação e consequentemente impactar o PIB do DF positivamente. Precisamos chamar atenção do mundo para Brasília”.

Mesmo sem esse tipo de apoio, Giallanza acredita que o número de empresas no DF deve alavancar nos próximos anos. “Temos uma expectativa de crescimento de 60% ao ano, estimulados pelos editais de fomento, pelo ciclo de investimento das aceleradoras que estão se estabelecendo em Brasília e pelas iniciativas das universidades, por meio das incubadoras e dos grandes eventos”, informa.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups, no Brasil, desde 2011, o modelo de negócio aumentou aproximadamente 30% ao ano. No DF, o crescimento correspondeu a 23% só em 2015. Para fomentar ainda mais essa categoria de negócios, a ASTEPS está propondo um Projeto de Lei, chamado de Micro Empreendedor Startup, de forma a usar a experiência do MEI e aplicar para as startups. “Sugerimos que uma startup que se estabeleça em Brasília possa abrir uma empresa pela internet, pague uma taxa fixa substituindo a necessidade de um contador, para um faturamento de até R$ 360 mil por ano e até cinco funcionários”, explica Hugo.

// Parque Tecnológico

A promessa do GDF é que desta vez o Parque Tecnológico de Brasília sairá do papel com uma novidade: o polo tecnológico que o setor de TIC aguardava há quase duas décadas também agregará um espaço voltado à biotecnologia, devido à entrada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O empreendimento mudou de nome e agora é chamado de Biotic – Parque Tecnológico.

Fixada por lei em 2002, a área destinada ao Parque tem 1,2 milhão de metros quadrados, entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília, com capacidade para abrigar cerca de 1,2 mil empresas. Hoje, já funcionam no local o Datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB). A ideia é atrair de startups a multinacionais para aumentar a cooperação e criação de negócios entre empresas, universidades e centros de pesquisa. O terreno onde será construído o Biotic foi cedido pela Terracap. A assinatura do contrato de cessão da área ocorreu no dia 3 de outubro em Brasília, durante o 20° Congresso Mundial de Tecnologia da Informação (WCIT).

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Marcelo Aguiar, o lançamento do Parque está previsto para dezembro deste ano. Entretanto, o grande atrativo para as empresas não será o terreno, mas sim o grande número de empreendimento do mesmo ramo no mesmo lugar. Ele também explica como serão geridos os terrenos para as empresas. “Não venderemos lotes. Será montado um fundo de investimento pelo BRB, que captará investidores nacionais e internacionais. Será constituída uma empresa de sociedade de propósito específico, responsável pela gestão do Parque, como investimento de infraestrutura, água, luz, telefone e esgoto, além de ficar responsável pela construção dos primeiros edifícios, que serão colocados à disposição das empresas, por meio de aluguel”, explica Aguiar.

Serão disponibilizados equipamentos de uso comum, como sala de reuniões, plenárias, auditório, e estarão à disponibilidade das empresas, que não vão precisar gastar dinheiro para construir esses espaços. “Será um ambiente criado e instalado a fim de criar condições para que as empresas do setor possam se relacionar com os demais atores”, afirma o secretário. Segundo ele, já foi feito contato com grandes marcas do ramo de TIC, como a Lenovo, Intel, Oracle e Microsoft. “Já temos a sinalização dessas empresas. A instalação delas no local atrairá de forma muito forte outras empresas aqui do DF”.

Atualmente, está em construção o edifício sede da governança do Parque, que abrigará as atividades administrativas do empreendimento. “A partir do término das obras teremos condições de começar a receber e abrigar as empresas que têm interesse de se instalar no parque”, explicou líder do projeto Parque Tecnológico da Terracap, Hideraldo Almeida.

Segundo Almeida, a expectativa é de que o fundo com a parte do setor privado seja criado no próximo ano. A ideia é que o Parque seja gerido por um fundo de investimentos em participações, que terá aproximadamente R$ 3 bilhões. A Terracap aportará R$ 1,4 bilhão, referente ao valor do terreno. O R$ 1,6 bilhão restante será captado de investidores privados. “Dessa forma, o Parque não fica tão atrelado ao governo, e essa pareceria para investimentos com o setor privado dará autonomia ao fundo,  beneficiando o andamento do projeto”, explicou. Quanto aos prazos, Almeida é categórico ao afirmar que “em março de 2017 lançaremos o fundo de investimentos do Parque, e em outubro de 2017, faremos a inauguração do prédio de governança.”

Para Marco Tulio Chaparro, presidente da Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-DF), e presidente da Câmara Temática de Tecnologia da Fecomércio-DF, pasta criada pela Federação com o objetivo de fomentar o setor, o parque deixou de ser uma demanda das empresas de tecnologia da informação e virou um desejo da sociedade brasiliense. O potencial do Parque é grande e empresas como Microsoft, IBM, Cisco Systems e Oracle que já têm escritórios em Brasília devem migrar para lá. “As empresas de TI no DF geram 30 mil empregos diretos, 90 mil indiretos, e movimentam cerca de R$ 5 bilhões por ano. Com a crise, o setor passou a representar o maior PIB de Brasília, que antes era da construção civil”, explicou.

Chaparro está animado com a assinatura do acordo. “Uma cidade tão nova como Brasília, tão capacitada, não pode perder mais uma vez o momento de implantar esse Parque. O governo parece compreender bem a importância do projeto. Além disso, uma demanda como essa não pode ser vista como projeto de governo e sim como um projeto da cidade. Ele mudará significativamente o perfil do DF. Acredito que ainda nesse governo damos o ponta pé inicial”.

O diferencial do Parque, de acordo com Chaparro pode ser baseado na tríplice hélice – a academia gera o conhecimento, a iniciativa privada transforma o conhecimento em produto e o governo entra como grande fomentador para que esses dois se juntem e então formem uma hélice que será a propulsão do processo. “É assim que enxergo o futuro, com um aumento grande da quantidade de empregos na cidade, com alta remuneração. Porque hoje em Brasília se você é um bom profissional, a tendência é sair daqui. E com a previsão de geração de 20 mil empregos começaremos a absorver esse capital intelectual, por meio de incubadoras, pequenas empresas, escolas técnicas e faculdades privadas”, explica.

// Mão de obra

A pesquisa realizada pelo Sebrae-DF apontou que o número de empregos formais no total de estabelecimentos continuou no mesmo patamar, entre 2006 e 2014, passando de 47,4 mil para 49,7 mil empregados. Segundo Charles Dickens, a retração econômica e o contingenciamento dos investimentos públicos e privados impactou o crescimento de vagas nas empresas brasilienses. O sindicato está trabalhando para que esse cenário seja revertido.

“O aumento do número de vagas passa também pela necessidade de mão de obra qualificada. Para isso, estamos batalhando para que possamos contar com iniciativas que vão desde o Projeto de Lei que já está tramitando na Câmara Legislativa, prevendo a inserção da disciplina de TIC nos ensinos fundamental e médio, das escolas públicas e particulares do DF, até o trabalho conjunto com a Faculdade de Tecnologia do Senac, na atualização das ementas dos cursos de graduação e pós-graduação de base tecnológica e de negócios”, diz Charles.

A solução desse problema, segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, é novamente o Parque Tecnológico, aposta alta do atual governo. O secretário Marcelo Aguiar afirma que a expectativa de geração de emprego no Parque será de 20 mil postos de trabalho diretos, só na área de TIC e 40 mil indiretos.

// Eventos de peso

Brasília foi sede de um dos maiores eventos de TIC do mundo. Entre os dias 3 e 5 de outubro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), foi realizado o Congresso Mundial de Tecnologia da Informação – WCIT 2016, com painéis e palestras sobre as promessas da Era Digital. Empresários, investidores, CEO’s, acadêmicos e personalidades da cadeia de TIC, se juntaram aos mais de dois mil participantes de 50 países.

O evento trouxe para o Brasil gestores de empresas como Google, eBay, Microsoft, Johnson&Johnson e Uber, e entidades como o Fórum Econômico Mundial, Banco Mundial, Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Casa Branca. Entre os palestrantes, esteve presente o “pai da internet”, Vicent Cerf, que na oportunidade afirmou que o Brasil é um País em pleno desenvolvimento na área de TIC (confira entrevista completa nesta edição da revista Fecomércio).

No dia 5 de novembro a capital foi sede do Campus Day, uma prévia do Campus Party Brasília, que ocorrerá em 2017. Considerado um dos maiores encontros de tecnologia e inovação do mundo, que já acontece no País desde 2008, o evento é resultado de uma parceria da ASTEPS com o GDF e a Secretaria Adjunta do Trabalho e Empreendedorismo de Brasília. Na agenda, como uma das principais atrações, Joseph Olin, criador de um dos games de maior sucesso no mundo, o Tomb Raider.

Thiago Jarjour, secretário Adjunto do Trabalho e Empreendedorismo, explica que Brasília tem vocação para inovação e tecnologia e já figura entre as cinco capitais mais empreendedoras do País. Segundo ele, a Campus Party deixará um grande legado, da mesma forma que o fez para outras cidades e países por onde passou. “O evento já passou por 17 países em 19 anos de existência, deixando a democratização de assuntos de TI. Na periferia de São Paulo, por exemplo, 120 praças foram equipadas com WiFi. A campus trará instruções que podem transformar várias questões no DF”, acredita Jarjour.

Na opinião do presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, já existia um interesse mútuo da Campus Party e do GDF em trazer o evento para a capital há algum tempo. Segundo ele, o evento será de grande importância para o setor de tecnologia “São dias em que os principais atores dos universos científico e tecnológico, empreendedores ansiosos por inovações – seja em oferta ou procura de novos negócios – e cabeças pensantes, se encontram para fazer networking, trocar e vivenciar experiências, diante de um cenário que estimula a discussão de novas ideias e o desenvolvimento de soluções”, afirma.

Francesco aproveita para fazer uma análise do atual mercado brasileiro, que segue uma tendência mundial, que se encontra cada vez mais conectado, antenado e em busca de soluções tecnológicas que tragam facilidades, bem-estar e agilidade. “Porém, em dois aspectos o brasileiro consegue se destacar dos demais: na criatividade e no espírito empreendedor – características marcantes que fazem parte do seu DNA. Acredito que até mesmo por isso e pelo interesse de muitos anos em novidades tecnológicas, o mercado brasileiro, mesmo em tempos de crise, é forte e continua se destacando”, diz.

Para o presidente do Sindesei, Charles Dickens, eventos como esses são grandes vitrines e precisam ser bem explorados. É importante que as empresas aproveitem esses congressos para divulgar o potencial do DF para receber investimentos do setor.

// Startups e games

Nos últimos anos, o DF foi protagonista de inúmeras ações no desenvolvimento do ecossistema nacional de startups, ao promover debates sobre leis que incentivam a ação. O cenário atual é propício para o desenvolvimento de todas as empresas digitais de Brasília. O fato é que startups têm recebido mais investimentos tanto do setor público, quanto do privado. Investir em ciência e tecnologia tem sido a estratégia do governo local para desenvolver o empreendedorismo. Em julho deste ano, o GDF anunciou investimento de R$ 5 milhões em um programa de aceleramento de startups.

Para a especialista em empreendedorismo Juliana Guimarães, sócia da pré-aceleradora de projetos Acelere.me, startups têm vantagem sobre empresas tradicionais por conseguir atender às demandas do mercado antes mesmo de entrar em atividade. Além disso, todo o investimento é destinado ao desenvolvimento do produto, e não com gastos em estrutura. “O modelo de negócio permite aplicar preços mais competitivos para aumentar a base de clientes rapidamente. Outro fator que explica o crescimento rápido é que, na fase inicial, pequenas empresas estão dispostas a se adaptarem às necessidades do mercado, conquistando assim o seu espaço”, explica Juliana.

Ao analisar os índices de crescimento do setor tecnológico, os empresários brasilienses Lucas Elbel e Igor Bennet resolveram investir em uma empresa digital. O projeto levou três anos para ser desenvolvido. O Booking Eventos é um site de reservas online de espaços para palestras, confraternizações, workshops e eventos corporativos. A plataforma é a primeira do País no segmento. “Trabalhamos com esse mercado de eventos corporativos há oito anos. Um dos sócios responsável pelo departamento de eventos de uma Rede de Hotéis e o outro, na produção de eventos. Sentíamos na pele o quão difícil, burocrático e moroso era para escolher um local para realizar um evento corporativo”, diz Lucas Elbel. “Uma pessoa que quer fazer um evento, às vezes demora uma semana para conseguir reunir todas as informações necessárias como capacidade da sala, disponibilidade, metragem, pé direito e o preço, isso tudo de apenas um espaço. Ou seja, se ele quiser fazer uma pesquisa de preços, levará uma eternidade”, salienta.

Igor Bennet explica que geralmente o departamento de eventos de um hotel gasta muito tempo tendo que responder propostas que geralmente não convertem em vendas. Além disso, segundo ele, muitos espaços de evento não possuem ou então não utilizam um sistema de gerenciamento das salas. “Estamos vivendo uma nova era, o mundo é dinâmico, ninguém tem mais uma semana para perder com uma coisa que você pode fazer em menos de cinco minutos. E baseado nessas experiências, criamos a ferramenta que agilizará e simplificará o processo de reservas em espaços de evento e futuramente mudar o comportamento desse tipo de serviço”, disse.

A plataforma supre duas carências, a de quem quer divulgar seu espaço e a de quem precisa de um espaço para realizar um evento. Na parte do usuário, que pretende realizar um evento, ele entra no site, pesquisa pela data, formato e capacidade de espaço. Assim, ele encontrará somente opções disponíveis para a data solicitada, bem como preços e informações necessárias da sala. “Após encontrar o estabelecimento ideal, ele pode adicionar serviços opcionais para compor o seu evento, como: alimentos e bebidas, equipamentos e serviços de recursos humanos”, informam os sócios.

Outra iniciativa que se destaca no segmento de TIC é a Behold Studios, empresa de games de referência nacional, quando o assunto é produção de jogos. A Behold é atualmente responsável pela criação de 16 jogos de sucesso. Entre eles está o Knights of Pen & Paper, título desenvolvido para mobile que leva o jogador a uma grande aventura, no estilo RPG, com gráficos pixelados, de estilo reto, inspirados pelos games clássicos da década de 1990. O game foi um sucesso e registrou mais de três milhões de downloads. Outro destaque do estúdio é o jogo Chroma Squad que será lançado com apoio da gigante japonesa Bandai Namco nas plataformas da Microsoft e Sony em 2017 — o Xbox One e o Playstation 4.

Atualmente, o Brasil conta com 23% da população que se considera jogadores assíduos, segundo pesquisa realiza pelo Ibope, o que corresponde a mais de 45 milhões de pessoas. O estudo revela ainda que o Brasil é o quarto mercado consumidor de jogos no mundo. Em 2012, o País movimentou mais de R$850 milhões. O CEO da Behold, Saulo Camarotti, explica que o cenário de produção de jogos começou a mudar muito de panorama há cinco anos, quando as ferramentas de criação de jogos se tornaram mais acessíveis, ou muitas das vezes gratuito. “A mudança foi grande, e o Brasil acompanhou esse processo. Presenciamos centenas de pequenas empresas usando essas ferramentas disponíveis, muita das vezes com a equipe bem reduzida. Quando começamos há sete anos, em 2009, isso era muito novo, trabalhávamos mais negociando e apoiando grandes empresas. Mas, em 2012 começamos a seguir nossos próprios passos, criando os nossos jogos e fazendo a nossa carreira independente”, explica.

Saulo afirma que Brasília está no top cinco de produção de jogos no País, não só pelo número de empresas, que vai de 15 a 25 empreendimentos, mas também por conta dos cursos voltados para o segmento ofertados na cidade, por universidades como a UnB, Iesb e o UniCeub. “A Behold surgiu na universidade, junto com um colega. Na época, descobrimos uma incubadora de empresas dentro da universidade e começamos a elaborar o esboço do empreendimento”, diz. “Durante dois anos maturamos a ideia e buscamos investidores, foi uma experiência riquíssima. Entretanto, a parte de trabalhar com jogos foi por nossa conta, viajamos muito, buscando informação no mundo”, informa. Atualmente a empresa conta com 16 funcionários, e está localizada no Lago Norte. Como dica para jovens que estão entrando no mercado e desejam ter sucesso no segmento, Saulo informa que primeiro é preciso estudar, fazer cursos, aprender e se tornar um profissional, para depois, de fato criar uma empresa.

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