O segmento de turismo brasileiro fechou o mês de abril com uma geração líquida de 2.477 mil novos empregos, atingindo o número total de 2.926.568 pessoas empregadas no setor. O resultado interrompe a sequência negativa de fevereiro e março, que juntos somaram uma perda de 3,032 mil empregos. É o que diz estudo divulgado nesta sexta-feira (8), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
A CNC também destaca que a predominância de empregos no setor é da parte de alimentação: 9 milhões de pessoas ocupadas; e nos diversos meios de transporte de passageiros: 805 mil vagas. Juntos, os dois grupos de atividades respondem por 92,7% da ocupação da mão de obra no turismo.
Na opinião da divisão econômica da CNC, o crescimento do emprego, embora tímido, reflete a recuperação de alguns segmentos importantes. No entanto, a greve dos caminhoneiros e a escassez de combustíveis, por 11 dias no mês de maio, podem modificar a tendência no curto prazo. Segundo a CNC, as medidas de resolução da crise tomadas pelo governo afetarão o equilíbrio inicial da economia, podendo interferir nas decisões de gastos das famílias, deixando-as cautelosas com relação às despesas com turismo.
No primeiro quadrimestre de 2018, o setor de turismo teve saldo positivo de 2.762 postos de trabalho (entre demissões e admissões). Por região, o estudo aponta crescimento do emprego no Sudeste e Centro-Oeste, com destaque para São Paulo (9.244 postos criados) e Distrito Federal (1.469 vagas). Já a região Sul teve redução líquida de 4.203 postos formais, apesar do crescimento verificado no Paraná (911 empregos novos).