Em repúdio as medidas do governo do Distrito Federal de aumento do Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI) em 50%, aprovado esta semana pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e a pretensão de reajuste do valor de avaliação dos imóveis para efeito de cálculo do IPTU e da TLP em 20% ao ano, o Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), lançou nesta quinta-feira (12), com outras entidades do setor imobiliário, um manifesto solicitando a imediata participação no debate.
“Agora a gente pretende agir junto aos deputados distritais e ao próprio governador para pedir alternativas de aumentar a arrecadação sem prejudicar a sociedade. A proposta segue para sanção do governador e ele pode reaver a decisão. Umas das alternativas que o setor propõe para aumentar a arrecadação é a regularização fundiária no DF”, ressalta o presidente do Secovi-DF, Carlos Hiram Bentes David. O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, concorda com a posição do setor imobiliário e pede mais discussão do assunto com a população. “Somos a favor das medidas de redução da máquina pública, mas as propostas de aumento da carga tributária precisam de mais discussão com a sociedade. Apoio as declarações do Secovi-DF”, afirma Adelmir.
Para o setor imobiliário, o aumento de impostos neste momento de economia frágil é mais um golpe nas expectativas de gerar emprego e renda. Em vez de estimular este setor produtivo importante, as propostas das autoridades caminham para desestimular investimentos e empreendimentos, o que vislumbra resultados desastrosos em termos de desemprego e desaceleração da economia.