A empreendedora social Mariana Serra ministrou uma palestra para os integrantes da Fecomércio, durante a reunião mensal de Diretoria da entidade, realizada nesta terça-feira (29). A empresária abordou temas humanitários e explicou como a sua empresa, a Volunteer Vacations (VV), funciona. Ela também destacou os aspectos do empreendedorismo social, que é um modelo de negócio onde nenhum produto ou serviço é criado sem oferecer um retorno para a sociedade.
A VV é uma empresa que tem a finalidade de fomentar o turismo junto com a questão social. Mariana explicou que pesquisou, conheceu, analisou, catalogou e fechou parcerias com algumas das mais relevantes ONGs do mundo para poder proporcionar a pessoas dos mais variados perfis uma experiência de curto prazo em uma organização de ajuda humanitária. O conceito básico é oferecer uma viagem de férias para países como: Índia, Tailândia, Gana, Quênia, Tanzânia, Africa do Sul, entre outros, para oferecer um roteiro de férias onde a pessoa também pratica uma ajuda humanitária.
“O conceito básico é oferecer o trabalho voluntário com objetivo de ajudar alguma causa significativa durante a viagem, ou seja, é uma ideia de amplificar o turismo consciente, quando se pensa em realizar algo pelo destino que se está visitando”, explicou Mariana. Ela também destacou que é uma excelente oportunidade de realizar uma viagem internacional, conhecer diferentes culturas e fazer o bem. “A duração das viagens que propomos não passa de um mês, é o chamado short-term volunteering. Um pequeno período que proporciona uma grande ajuda. Nada impede que essa experiência de voluntariado seja realizada em conjunto com sua viagem de férias tradicional, com o foco em conhecer outra cultura ou paisagens incríveis. Esse estilo de viajar é tão interessante, divertido e recompensador”, disse.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, ressaltou que o objetivo de convidar Mariana para ministrar uma palestrar foi o de mostrar que existem empresas que estão preocupadas com as questões sociais. Segundo ele, o empresário precisa se reinventar. “Hoje, os consumidores pesquisam a história da empresa, se o empreendimento tem bom comportamento, se não tem exploração de crianças. Essa geração nova é diferente e está focada nessa questão humanitária. Acredito que os empresários também devem ficar atentos a essa pauta tão importante”, ressaltou Adelmir. Ele também disse que no Brasil e especialmente em Brasília, infelizmente, não existe uma cultura de voluntariado. De acordo com Adelmir, isso deveria ser diferente. “Brasília deveria ser a cidade mais voluntária de todas as cidades brasileiras, foi uma cidade que modificou a vida de todos nós que para cá viemos”, concluiu Adelmir.
Em três anos a VV já enviou mais de 520 voluntários para as ONGs parceiras. “Nesse período foram mais de 14 mil horas de trabalho voluntariado, acumulado em trabalhos de diferentes perfis em diferentes partes do planeta. Também formamos 300 empreendedores no Quênia, realizamos atendimento médico no Haiti e atendemos centenas de refugiados na fronteira com a Síria”, informou Mariana. Mais informações sobre o projeto podem ser adquiridas pelo email: [email protected].
