No Brasil, a cultura é de que ter uma dívida é ruim. Mas é possível que ela seja positiva, desde que seja a “dívida correta para o empreendimento”. Diante de um empréstimo, o empresário consegue movimentar e expandir sua produção ou a oferta de serviços, esse dinheiro pode ser importante para a empresa. A dívida pode ser saudável, segundo o diretor da PwC Brasil, Ernesto Cavasin.
“Não é fácil operar um negócio. É preciso saber até onde se consegue ir com essa dívida e até onde é preciso analisá-la para não se tornar um problema e sim a solução do crescimento. Muitas vezes, os problemas vão acontecendo no dia a dia e acaba numa bola de neve. Quando ela começa a crescer e se torna insustentável, perde- -se a visão, mas existem sinais claros, que surgem todo dia”, explica. Alguns outros sintomas devem ser levados em conta, como incerteza quanto à necessidade da quantidade de caixa que a empresa precisa, se sua programação da produção já não consegue ser eficiente suficiente para fazer face ao mercado, ou seja, não pode se endividar mais do que precisa.
As preocupações com níveis de endividamento, capitalização urgente, ou seja, aquele giro rápido – são efeitos indicadores que o empresário precisa repensar. Não significa que está com problema, não significa que vai entrar em um problema. Significa que quando entra e dá de frente com esses pontos, o empreendedor precisa recorrer ao sistema financeiro e analisar a onde está indo, dizem os especialistas.