Com o desempenho do PIB dentro das expectativas, a baixíssima base de comparação e a atual tendência de desaceleração gradual do nível de preços levaram a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de -3,5% para -3,1% sua expectativa para o desempenho do Produto Interno Bruto em 2016. Apesar disso, o prolongamento do aperto monetário, com a Selic fechando o ano a 13,75%, e suas consequências sobre a evolução das contas públicas e sobre o nível geral de atividade contribuem ainda para esse cenário negativo.
Dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2016 em relação aos três primeiros meses do ano. De acordo com o levantamento, a recessão econômica se prolongou pelo sexto trimestre consecutivo. Apesar da queda ligeiramente mais acentuada que a do primeiro trimestre do ano – quando a economia encolheu 0,4% – a fase mais aguda da atual crise econômica parece, de fato, ter se dado no segundo trimestre de 2015 (-2,3%).