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Propostas Vazias

por acm

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Está aberta a temporada das promessas. Essa é uma das marcas da campanha eleitoral no Brasil. Quando a eleição aperta, independente do partido, a maioria dos candidatos passa a prometer “mundos e fundos” na tentativa de conquistar eleitores. Diferentemente das propostas, quase sempre mais embasadas, as promessas se caracterizam como benesses ofertadas a um grupo específico. Geralmente, não possuem consistência. Por não contemplarem os impactos econômicos e sociais que podem provocar na sociedade, grande parte delas acaba não sendo cumprida após as eleições.

A “cultura das promessas” é extremamente prejudicial para o processo político e para a democracia brasileira. Primeiro, porque estabelece uma distância entre discurso e realidade que não deveria existir. Insere no imaginário da população a ideia de um governante “salvador da pátria”, capaz de fazer qualquer coisa e capaz de tirar propostas mirabolantes do papel num passe de mágica. Ora, não é assim, não existem salvadores. Sassá Mutema é apenas um personagem de novela. Alguém sempre vai pagar a conta. Eu, por exemplo, sou a favor do transporte público gratuito. Mas da forma como está estruturado o nosso sistema essa é uma medida inviável, a cobrança viria na forma de impostos mais elevados para o cidadão.

Segundo, é antiético e irresponsável prometer algo incapaz de ser cumprido. Aliás, esse hábito de descumprir uma promessa é um dos grandes responsáveis pelo desgaste da classe política nos dias de hoje. O candidato age como se todos tivessem memória curta. Mas o povo não é burro e a democracia brasileira não é mais tão jovem. Graças à liberdade de imprensa e às entidades da sociedade civil organizada, existem vários meios de cobrar um compromisso assumido por um governante. Não reeleger um candidato mentiroso é uma forma de punição. Quem não tem palavra sofre os prejuízos. O eleitor e a história não perdoam. Basta de políticos semelhantes ao Odorico Paraguaçu. Ninguém aguenta mais.

Publicado originalmente no Jornal Alô Brasília 23/10/2014

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