O percentual de famílias com dívidas caiu em julho para 57,7%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). É o menor patamar desde janeiro de 2015, quando 57,5% das famílias estavam endividadas. Ainda de acordo com a entidade, a redução do endividamento, no entanto, é resultado da crise: com a perda do poder de compra causada pela inflação, pelo desemprego e pelos juros altos, as famílias estão consumindo menos.
O percentual das famílias que relataram ter dívidas ou contas em atraso entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro também diminuiu na comparação mensal: 22,9% contra 23,5% em junho. Contudo, houve alta das famílias inadimplentes em relação ao mesmo período do ano passado, quando o percentual era de 21,5%. Na comparação anual, o percentual das que não terão como pagar as dívidas também cresceu: de 8,1% para 8,7%. Em relação a junho, no entanto, houve um recuo. No mês passado, o total era de 9,1%.