A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Distrito Federal, divulgada pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), registrou 97,2 pontos em junho e entrou pela primeira vez, desde o início da série histórica, em janeiro de 2010, na zona negativa, abaixo de 100 pontos. O indicador caiu 3,9 pontos na comparação com o mês de maio e 14 pontos em relação a junho de 2014.
De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a inflação elevada, o aumento no custo do crédito, as incertezas da economia do País e a insegurança no emprego, são os principais motivos para a cautela no consumo das famílias brasilienses. “O alto índice de endividamento também é um dos fatores que contribuiu para esse quadro negativo. Mas há esperança de que esse quadro seja revertido nesse segundo semestre e comece a apresentar índices mais positivos”, explica Adelmir.
O levantamento mostra ainda que 72,3% dos entrevistados afirmam que, comparando com o ano passado, está mais difícil conseguir empréstimo ou crédito para comprar a prazo e 57,8% dizem que estão comprando menos. A maioria (49,2%) acredita que para os próximos meses o consumo da família será menor do que o segundo semestre do ano passado. A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.
