O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias brasilienses (ICF-DF) teve a oitava queda seguida e atingiu a menor margem desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. O indicador no mês de julho ficou em 91,5 pontos registrando um declínio de 5,7 pontos em relação a junho e queda de 20,3 pontos em relação a julho de 2014, continuando na zona negativa, abaixo de 100 pontos. É o que mostra pesquisa divulgada pela a Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF).
De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a intenção de consumo das famílias do DF vem caindo desde o inicio do ano, devido as incertezas da economia do País. Segundo ele, a pesquisa mostra ainda que o brasiliense está mais inseguro no trabalho e com menos perspectivas profissionais. “Os subíndices mostram uma menor confiança da população em se manter no emprego, o que aumenta a contenção de gastos. Além da situação da renda que está pior do que nos outros meses”, explica Adelmir. “A crise na qual o País está atravessando também impacta o consumo da população, a inflação corrói os salários e o alto custo do crédito afugenta os clientes das lojas”, conclui Adelmir.
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias é um indicador antecedente que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. O indicador tem capacidade de medir com precisão a avaliação que os consumidores fazem dos aspectos importantes da condição de vida de suas famílias, tais como capacidade de consumo atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, condições de crédito, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.