A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) brasileiras apresentou em setembro deste ano queda de 0,7% na comparação com agosto e alta de 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 76,8 pontos, em uma escala de 0 a 200, onde os números abaixo de 100 indicam um pessimismo por parte do consumidor. É o que informa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A economista da CNC Juliana Serapio explica que o índice vem oscilando entre 76 e 77 pontos, sem demonstrar uma tendência estável. Entretanto, ela destaca que a intenção de consumo no País vem se recuperando em relação ao ano passado. Para os próximos meses, Juliana ressalta que o índice pode voltar a subir, dependendo do mercado de trabalho. “Com o fim do efeito dos saques das contas inativas do FGTS sobre as vendas, a tendência de crescimento do consumo nos próximos meses dependerá da resposta do mercado de trabalho e da retomada dos investimentos”, aponta Juliana Serapio.
A pesquisa mostra ainda que o componente Nível de Consumo Atual atingiu 54,2 pontos, igual ao mês anterior e 16,7% maior do que no mesmo período de 2016. A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo), nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.