A intenção de consumo das famílias (ICF) brasilienses apresentou recuo pelo quarto mês consecutivo em março e atingiu 104,1 pontos, contra 113,8 registrados em fevereiro, registrando o menor índice desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. É o que mostra a pesquisa da Fecomércio-DF. Apesar da queda, o estudo ainda denota um pequeno otimismo, pois apenas valores abaixo de 100 indicam pessimismo. No entanto, em relação a março de 2014, houve queda de 10,8 pontos.
Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o consumidor está mais cauteloso nesse ano por causa das inseguranças em relação aos aspectos econômicos e políticos do País. “Inflação e juros em alta, baixa oferta de emprego e risco de desemprego tem feito com que os consumidores hesitem em comprar itens mais caros e que não sejam urgentes. Preferem priorizar o pagamento das dívidas e evitarem a submissão a novos encargos com juros elevados”, aponta Adelmir Santana.
O levantamento mostra ainda que 63,5% dos entrevistados afirmam que, comparando com o ano passado, está mais difícil conseguir empréstimo ou crédito para comprar a prazo e 49,7% dizem que estão comprando menos. A maioria (43,6%) acredita que para os próximos meses o consumo da família será menor que o segundo semestre do ano passado. A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.