Ao lado da Fibra e do grupo Lide, a Fecomércio trouxe para Brasília, na semana passada, uma palestra com o prefeito de São Paulo, João Doria. O nosso intuito foi ouvir dessa liderança em ascensão quais são as melhores e inovadoras práticas na gestão pública de cidades. Podemos dizer que Doria não decepcionou a plateia. Com um discurso moderno, ele falou o que o setor produtivo defende há anos: que para se conquistar uma gestão eficiente é preciso ter um Estado enxuto, investir em parcerias com a iniciativa privada e combater o assistencialismo e a corrupção. Com essas e outras propostas, o prefeito desponta como representante de um movimento novo, fora dos padrões da velha política.
Outras lideranças ao redor do mundo já comprovaram essa tese de que é preciso enxugar o Estado e reformar a política. Se fizermos uma retrospectiva, podemos notar que vêm ocorrendo mudanças nesse sentido em países como os Estados Unidos e França. No Brasil, essa realidade chegou à prefeitura de São Paulo. Em seis meses, Doria conseguiu reduzir o tempo de abertura de empresas de 128 dias para uma semana – com meta de baixar para 5 dias, capitaneou projetos de criação de empregos, lançou um programa de desestatização, zerou filas de exames na saúde, defendeu a limpeza da cidade e enfrentou a Cracolândia.
O mais importante, a meu ver, é que o prefeito se coloca como um defensor de um Estado eficiente, com potencial para investir em áreas que realmente importam, como saúde, educação, habitação, transporte e segurança. Além disso, Doria se apresenta como um empresário que faz política, mas que não compactua com conchavos. Creio que tanto nacionalmente quanto localmente, o que nós precisamos é de pessoas honestas, corajosas e com capacidade de gestão, dispostas a romper com a velha política e inovar em suas administrações, apresentando resultados que já são realidade na iniciativa privada e que a população tanto deseja ver na gestão pública.
Adelmir Santana
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)