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Sebo cultural do Barata

Por José do Egito

Um dos mais tradicionais espaços em funcionamento da Asa Sul, o Sebo cultural Fortaleza nasceu em 1959. Durante muito tempo, a banca do proprietário Carlos Barata, 46 anos, foi uma das principais referências na cidade para se comprar e trocar livros, CDs, LPS, VHS, discos de vinil, gibis e revistas. Ele conta que foram muitos anos de paciência, dedicação e amor pelos livros. “É muito prazeroso mexer com cultura. Aqui vendo as coisas com preço em conta para que todos possam ter acesso”, explica. De acordo com Carlos, a banca passou por um momento conturbado, ficando dois anos fechada devido a um incêndio. Após o incidente, Barata reabriu as portas do sebo cultural, como a versão anterior, dando continuidade ao trabalho que antes era realizado pelo pai, falecido em 2013, e pelo seu irmão. Carlos conta que a ideia de abrir um sebo partiu de seu pai, que ao passar em frente do local que hoje é a banca Fortaleza, em 1959, decidiu começar o negócio com algumas tábuas como prateleiras. “Meu pai sempre pensou em montar um sebo. Na época ele não tinha recursos pra começar e ofereceu um rádio em troca dos serviços de um carpinteiro, que resistiu, mas acabou aceitando”, revela. O bom gosto musical de Barata é descoberto logo na entrada da banca, quando é possível ouvir MPB. Apaixonado por livros, gibis e discos, ele registra um convite. “Peço que as pessoas não deixem o sebo morrer, para quem não deixem o sebo acabar. Meu objetivo é fazer da cultura um auxílio ao próximo”.

 

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Oficina que virou teatro

Por José do Egito

A oficina mecânica de José Perdiz, 83 anos, foi criada em 1969, na 708/709 Norte. Por mais de 40 anos, Perdiz garante ter comandado a oficina que leva seu sobrenome, mas só em 1975 conseguiu dar seus primeiros passos com o teatro. Ele explica que o teatro nunca foi seu projeto de vida. Tudo começou quando, em um gesto de generosidade, cedeu o espaço para que o enteado encenasse um espetáculo com os colegas da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. “O que era ser apenas um final de semana, virou três meses. Construí uma arquibancada e as apresentações foram acontecendo”, lembra.  Em 1980 o local tornou-se um espaço cultural com a peça Esperando Godot, sob a direção de Mangueira Diniz, que lotou a oficina por três meses. O local chegou a receber 7,5 mil pessoas. “Depois dessa apresentação começou uma correria de gente querendo fazer teatro aqui. Jovens recém-formados que não tinham um espaço para trabalhar recebiam a informação de que tinha um ‘maluco’ com um espaço na Asa Norte. Dando certo ou não, eles agradeciam e iam embora”, revela Perdiz. Nas arquibancadas de ferro, que antes recebiam 120 pessoas por dia, hoje sobraram cadeiras desmontadas, pedaços de móveis, ventiladores e sucata. Perdiz vive na oficina e atende, a qualquer hora, clientes e amigos que buscam pequenos consertos. Os artistas, que antes engrossavam o coro de sua devoção ao teatro quase não aparecem mais. Há dois meses, após constantes ameaças de derrubadas, Perdiz se mudou para um novo espaço, na 710 Norte, com intenção de dar continuidade ao conserto dos carros e às artes cênicas. “O prédio é novo, mas ainda não consegui levar as coisas da oficina para lá. Uma pessoa que é formada vai me ajudar a tocar o teatro”, conta.

 

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Visibilidade por meio da arte urbana

Por Gabriela Vieira

O brasiliense João Blenner, 28 anos, com formação em Psicologia e Pós-Graduação em Gestão de Pessoas, sempre se interessou pela arte urbana de Brasília. Essa atração despertou em João vontade de fazer parte dessa manifestação artística que está cada vez mais presente nos grandes centros urbanos do país, a arte de rua. Há cerca de 6 anos e sem formação artística, João começou a investir na arte que acreditava apenas com dicas e sugestões de amigos, criando intervenções e telas com base na técnica chamada “Stêncil”, que consiste em utilizar recortes em papéis que reproduzam desenhos, letras, números ou o que for desejado para ser transferido por meio de tinta em spray a uma outra superfície. Por meio das redes sociais, buscou estar por dentro do mundo dos grafiteiros e ao se deparar com o projeto “Pimp My Carroça” do grafiteiro paulista Mundano, que reforma carroças com o objetivo de promover a visibilidade dos catadores de materiais recicláveis logo quis fazer parte. “Conheci o carroceiro Telmo Quintino numa padaria da Asa Norte, expliquei como funcionava o projeto e se tinha interesse em ter sua carroça reformada e ele aceitou”, conta. O projeto oferece todo o apoio por meio de uma campanha que é feita para adquirir o financiamento da reforma da carroça e também disponibiliza um kit de segurança com retrovisores, buzinas, adesivos refletores, luvas, roupas e utensílios de higiene pessoal para o carroceiro. Após a reforma da estrutura da carroça de Telmo, a parte visual ficou por conta de João Blenner, que finalizou a carroça de Telmo Quintino com sua arte urbana. “Esse projeto em especial me chamou atenção porque além de ter presente a arte de rua, me fez contribuir para que a classe de catadores de recicláveis se torne visível. Queria que isso acontecesse mais em Brasília e que outros artistas de rua e de outras categorias se interessassem em dar visibilidade a projetos como este”, destaca.

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