fbpx

Festival do ipê

por acm

Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.


Tem uma estação em Brasília em que as árvores se enchem de cor e os olhos transbordam de admiração. O brasiliense conhece muito bem essa época. Começa com as flores roxas, depois vêm as amarelas, as brancas e termina com as rosas. Dependendo do clima, em um mesmo mês podemos ver mais de um tipo de flor em meio à paisagem cinza do Cerrado. É o tempo de florescimento do ipê. Geralmente, esse período vai de junho a outubro e a sua beleza motiva o cidadão a enfrentar a seca. Para mim e para muitos outros, tenho certeza, é um dos espetáculos naturais mais belos da capital federal. Só não compreendo a falta de atenção com essa maravilha.

A época de florescimento dos ipês pode representar muito mais para o desenvolvimento econômico e social de Brasília. Por que não fazer dessa estação um período de defesa do nosso patrimônio natural e de celebração do turismo e da cultura brasiliense? No Japão, o despertar das cerejeiras é um acontecimento anual, esperado por milhares de pessoas. O início da floração demanda previsões rigorosas emitidas pelo governo para que as pessoas possam acompanhar o fenômeno. O surgimento das primeiras pétalas inspira festas como o hanami, quando japoneses e turistas buscam um lugar nos parques para comer, celebrar e apreciar a paisagem.

Não se trata apenas de contemplação. Alguns dos festivais do hanami são realizados para mais de 10 mil convidados, gerando emprego, renda e lazer. Tampouco representa uma miopia com outras questões fundamentais. Inclusive para isso o ipê pode ser fonte de inspiração. Mesmo quando o ar está cinza e a poeira vermelha irrita os pulmões, ainda temos a esperança de que as flores irão encher os nossos olhos e lavar nossa alma. A saúde pública, a educação e o transporte público no Distrito Federal podem funcionar com qualidade. Claro que podem. Mas para isso precisam ser bem tratados, tal qual o ipê. O que falta é preservação e cuidado com o nosso patrimônio.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 15/09/2014

Olá! O nosso site usa cookies e, portanto, coleta informações sobre sua visita para melhorar nosso site. Por favor, consulte nossa página de política de cookies e  para mais detalhes ou concorde clicando no botão 'Aceitar'.

Configurações de cookies

A seguir, você pode escolher os tipos de cookies que permite neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FunctionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalyticalNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e Facebook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AdvertisingNosso site coloca cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OtherNosso site coloca cookies de terceiros de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.