Os empresários brasilienses estão cautelosos em relação às vendas para o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho. Levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio mostra uma expectativa de crescimento nas vendas de apenas 0,63% em comparação com o ano passado. A pesquisa foi feita com 323 empresas do comércio do Distrito Federal, de 15 segmentos diferentes. No mesmo período de 2014, a estimativa foi de queda de -0,25% nas vendas. Isso ocorreu porque a data coincidiu com a abertura da Copa do Mundo no Brasil.
Este ano, a principal justificativa para a baixa expectativa nas vendas é a crise econômica na cidade e no País. “A falta de confiança, tanto de empresários quanto de consumidores, o crédito mais caro e restrito, os juros e a inflação mais altos e o alto índice de endividamento da população são os fatores que estão pesando na hora da compra de presentes”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. Ele lembra que normalmente o Dia dos Namorados é a terceira melhor data para vendas no comércio.
Dentre os segmentos pesquisados, o de Bolsas e Acessórios é o mais pessimista (-13,33%), depois segue o de Relojoaria/Joalheria/Ótica (-6,04%); Loja de Departamento (-5,00); Loja de Roupas Íntimas (-3,18%); Floricultura (-2,48%); Vestuário (-2,33%); Material Esportivo (-2,07%); e Eletroeletrônicos (-0,50). Já entre os otimistas, o setor de Restaurantes é o mais confiante, com expectativa de crescimento nas vendas na ordem de 9,80%. É seguido pela Loja de Artigos para Presente (8,36%); Perfumaria (5,67%); Sexy Shop (5,67%); Calçados (1,71%); Livraria (1,44%) e Chocolateria (0,33%).
O levantamento do Instituto Fecomércio constatou que 72,8% dos entrevistados que possuem expectativa negativa acreditam que a queda nas vendas é decorrente da crise econômica. Já os empresários que têm expectativas positivas acreditam que as vendas crescerão por ser uma data vendável (69,8%). Os lojistas que devem apenas manter seus estoques são maioria, com 58,9% das entrevistas. Apenas 7,7% dos entrevistados admitiram uma redução com relação ao ano anterior, e 33,3% dos entrevistados estão prevendo aumentar seus estoques.
Em relação à forma de pagamento, 57,0% dos empresários acreditam que o consumidor deve utilizar o cartão de crédito/débito, seguido por pagamento em dinheiro (36,6%), cartão de loja, crediário/carnê e cheque pré-datado (6,3%). O valor médio dos presentes também foi pesquisado e a maioria dos entrevistados (23,5%) espera gastos entre R$ 80 e R$ 120.
Consumidor
Entre os consumidores brasilienses, a grande maioria (79,8%) respondeu que têm a intenção de comprar algum presente. Já os que não têm intenção de compra para o período, somam 18,0%, e os que declararam não saber se efetuarão alguma compra somam 2,3%. Foram entrevistadas 400 pessoas para o levantamento.
A faixa etária mais otimista nas trocas de presentes é das pessoas entre 25 e 35 anos, onde 86,6% dos entrevistados declararam que irão presentear o parceiro, seguido pelos de 36 a 45 anos (86,4%). Os produtos mais citados para troca de presentes foram roupas, calçados e perfumes. Sobre os locais para passar o Dia dos Namorados, a lista é variada: 27,8% indicaram que será em restaurante; 23,8% em casa; 21,6% no shopping; 11,9% em casa de parente; 7,5% na casa dos pais; e 5,3% no motel.
Ainda segundo o levantamento, os consumidores entrevistados declararam que devem gastar R$ 124,36 na confraternização e R$ 173,19 com presente. A maioria pretende usar o cartão de crédito como pagamento (60,8%); seguido pelo dinheiro (39,2%); cartão de débito (15,9%) e cheque pré-datado (5,7%). O local preferido pelos clientes para efetuar a compra é o local perto da residência (41,9%); próximo ao local de trabalho (34,4%); na internet (11,5%); próximo a uma rodoviária (8,4%) e shopping (3,5%). O principal atrativo para o consumidor na hora das compras são os preços (21,3%).