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Empreendedoras

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

O mundo dos negócios está cada vez mais feminino. Hoje, das seis milhões de micro e pequenas empresas existentes no Brasil, aproximadamente 35% são lideradas por mulheres. Em uma década, entre 2001 e 2011, o número de empreendedoras cresceu 21,4%, enquanto a participação dos homens subiu 9,8%. Estamos diante de uma nova revolução cultural. Primeiro, as mulheres deixaram de ser donas de casa para conquistarem o mercado de trabalho. Agora, boa parte delas quer deixar o emprego para abrir o próprio negócio. O que o País tem a ganhar com isso? Muito, principalmente mais eficiência e qualidade na prestação de serviços.

Geralmente, conforme atestado pelo SEBRAE, as mulheres dão mais atenção ao cliente do que os homens, conciliam melhor as atividades profissionais e pessoais e são mais detalhistas e intuitivas. Além disso, elas investem mais em capacitação. A proporção de empresárias com Ensino Médio completo é quase o dobro do percentual de empresários com a mesma escolaridade. Esse crescimento do empreendedorismo feminino tem sido motivado pelo desejo da mulher de passar mais tempo com os filhos, pois como empreendedora ela consegue flexibilizar melhor os horários de trabalho.

Apesar do avanço, muito ainda pode ser feito. Mesmo com uma escolaridade mais alta, as mulheres ganham menos do que os homens. Temos que modificar esse quadro, ampliar as linhas de financiamento disponíveis para as mulheres, facilitar o acesso à informação e lutar sempre pelo fim do preconceito. O Instituto Fecomércio está engajado nesse movimento e, junto com o Conselho Regional de Administração, promoverá no dia 19 de março, às 15h, na LBV, o 1º Encontro da Mulher Empresária do DF. O objetivo é fortalecer a participação feminina no universo empresarial e celebrar o mês das mulheres. Afinal de contas, as nossas empresárias estão transformando o Brasil e toda a sociedade se beneficia com isso.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 03/03/2014.

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