O chefe da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, Manoel Silva Neto, ministrou uma palestra sobre os trabalhos do órgão para diretores da Fecomércio-DF, durante reunião mensal da diretoria da entidade, realizada nesta segunda-feira (23). Manoel destacou o trabalho de prevenção dos fiscais e o interesse em estabelecer parcerias com o setor produtivo. Ele começou a exposição explicando que a vigilância busca trabalhar na prevenção. “Trabalhamos com ferramentas de prevenção e não reativas. Primamos pelas boas práticas de fiscalização, observando sempre a importância que temos para o País”, disse. Ele também salientou que o órgão tem interesse em estabelecer parcerias com o setor regulado. “Somos um órgão aberto e buscamos parcerias, nossa intenção é ficar cada vez mais próximo do setor produtivo”, destacou.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, disse que a vigilância sanitária é um órgão forte e de grande importância. “Esses órgãos têm uma abrangência enorme sobre nossas atividades de comércio, por isso é importante ter uma visão sobre o trabalho de fiscalização e a importância disso em nosso dia a dia”, ressaltou Adelmir. Já o presidente do Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Distrito Federal (Sindilab-DF), Alexandre Bitencourt, elogiou o trabalho da vigilância e disse que a responsabilidade dos fiscais é enorme.
Sem concurso
Manoel Neto está na vigilância desde 1993 e lamentou que a entidade esteja sem concurso há 23 anos. “Um órgão de controle e fiscalização tão importante que está presente no cotidiano de todo mundo ficar enfraquecido por conta de falta de profissionais é um risco para a sociedade e para o setor produtivo. Deste modo, pode-se criar uma concorrência desleal, formando uma situação que nem o setor regulado e a sociedade querem”, esclareceu. “O nosso objetivo é o mesmo do cidadão e do bom empresário. O prestador de serviço quer ofertar com qualidade e nós queremos o mesmo, assim como a sociedade; não temos motivos para desavenças, pois percorremos o mesmo caminho”, disse. Segundo Manoel, a vigilância tem um sistema de gestão de qualidade onde o principal direcionamento é para as boas práticas de fiscalização. “Temos uma ouvidoria que é muito poderosa e está sempre em contato com a população. Para toda ação, deve-se ter uma prevenção de risco ou uma promoção de saúde; quando fazemos uma intervenção é em beneficio da sociedade”, explicou.
O diretor da Fecomércio-DF e dono da Farmacotécnica, Rogério Tokarski, também destacou que a vigilância é uma órgão de extrema importância para o funcionamento do setor e lamentou a falta de concurso para suprir a lacuna de profissionais. “A vigilância tem um rigor em cumprir suas normas por fazer o correto. Mas a pouca quantidade de funcionários prejudica todas as empresas. Por exemplo, qualquer empresa da área de saúde é aprovada hoje por uma única arquiteta, isso é um absurdo”, disse. Rogério deu ainda a sugestão de enviar uma correspondência para a Secretaria de Saúde e para o governador ressaltando a necessidade de contratação de profissionais para a Vigilância Sanitária.