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Dirigentes da Fecomércio fazem apelo e reivindicam mais segurança pública no DF

Os líderes empresariais brasilienses estão desapontados com a segurança pública no Distrito Federal. Eles manifestaram suas preocupações com o crescimento da violência durante encontro realizado com a secretária adjunta de Segurança Pública do DF, Isabel Seixas de Figueiredo, ocorrido na noite de terça-feira (29), na sede da Fecomércio. Isabel participou da reunião de Diretoria da entidade para apresentar o projeto Viva Brasília: Um Pacto Pela Vida. Ela substituiu o secretário titular da pasta, Arthur Trindade, que não pôde comparecer e foi acompanhada do subsecretário Rafael Pereira. Ao final de sua apresentação, Isabel ouviu críticas e reivindicações dos empresários do comércio.

O programa Pacto Pela Vida prevê ações integradas entre as forças de segurança, reuniões de governança entre os órgãos públicos e demais atores sociais, com o objetivo de obter resultados em ações de prevenção de violência no DF. De acordo com a secretária adjunta Isabel Seixas, a ideia de participar da reunião de Diretoria da Fecomércio foi aproximar o Estado dos empresários, na intenção de agregar dados sobre roubos, furtos e crimes cometidos contra os comerciantes. “Ainda não conhecemos o tamanho do nosso universo. Precisamos definir a amostragem no projeto piloto. Necessitamos ainda de conversar com cada setor e definir qual a amostragem necessária para termos uma pesquisa representativa”, argumentou Isabel.

Os diretores da Federação viram a proposta de elaborar um mapa da criminalidade com bons olhos. Porém, reclamaram que não adianta somente fazer estudos enquanto a sociedade está refém dos bandidos. Segundo eles, é necessária uma ação mais efetiva da polícia em todo o território do DF, visando a manter a população em segurança. “Nos últimos 12 anos praticamente todos os secretários de Segurança de Brasília vieram à Fecomércio e fizeram promessas e apresentaram programas em vão, pois não sentimos os efeitos na redução do crime”, disse o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, deixando claro que a situação é decorrente de um problema maior que se arrasta há anos e que a instituição está disposta a para colaborar com a Secretaria.

O presidente do Sindicombustíveis-DF e vice-presidente da Fecombustíveis, José Carlos Ulhôa Fonseca, afirmou que o sindicato já está imbuído no propósito de trabalhar e ajudar as forças de segurança do DF. Porém, segundo ele, durante a elaboração da pesquisa é necessário que a polícia faça um trabalho ostensivo e de qualidade. “É necessário ter uma amostragem. Mas, sem desmerecer a importância da pesquisa científica, estamos cansados de documentos. O problema é que esses dados vão parar no fundo frio das gavetas escuras dos burocratas. O que me preocupa como cidadão e empresário é a ausência de politicas públicas claras e ações que possam ser executadas em paralelo à elaboração da pesquisa, que é fundamental”, ressaltou.

Ulhôa disse ainda que o clamor do setor de combustível, que sofre com constantes assaltos – o mais recente na semana passado que culminou em um frentista baleado – é ver a polícia na rua, trabalhando com medidas efetivas. Já o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros-DF), Joaquim Pereira, disse que a sua principal preocupação é que a polícia atenda ao chamado dos empresários. “No mês passado liguei para a polícia duas vezes. O cidadão que roubou a minha loja ficou em frente ao meu estabelecimento durante 40 minutos e até hoje a polícia não chegou lá, ou sequer deu satisfação sobre o fato ocorrido”, criticou Joaquim.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) Jael Antônio da Silva, afirmou que o segmento representado pelo seu sindicato é um dos mais visados pelos criminosos. “Recentemente, meu ex-sócio teve o estabelecimento dele invadido e pelo fato de ter segurança particular, por meio de monitoramento, foi dado um flagrante. Ele me relatou que foi na delegacia registrar ocorrência às 5h da manhã e só saiu de lá às 10h. Sem contar que ele estava lado a lado com o marginal que tentou assaltar a sua loja”, disse.

O diretor da Farmacotécnica e conselheiro da Fecomércio-DF, Rogério Tokarski, foi além e afirmou que não existe segurança em Brasília. Segundo ele, a Rua das Farmácias, localizada na Asa Sul, é alvo frequente de marginais e usuários de drogas que afugentam os clientes das lojas. “Nós empresários somos obrigados a ter uma segurança paralela. Somos obrigados a contratar um sistema de câmara, além de ir à delegacia fazer ocorrência e não ser respeitado. Eu não vejo polícia nas ruas, principalmente na Rua das Farmácias. Lá ninguém tem liberdade de comprar um medicamento. Já foram feitas denúncias, mas nunca temos resultados”, afirmou Tokarski.

Não é de hoje que a Fecomércio-DF luta contra a falta de segurança no Distrito Federal, que aflige tanto o empresário quanto a sociedade. No início do ano passado, a entidade lançou um manifesto contra o aumento da violência na cidade, com várias propostas que foram encaminhadas ao governador Agnelo Queiroz. Entre as sugestões estava a inclusão de um policiamento ostensivo nas ruas e alocações dos policiais em suas atividades fins. Além da ampliação do número de câmaras de vigilância do sistema do próprio GDF e suas utilizações em locais considerados de risco e com maior frequência de assaltos.

A subsecretária salientou que a pesquisa é importante porque, na maioria das vezes, o empresário não registra a ocorrência do crime por não acreditar na solução do problema por parte da polícia. De acordo com ela, essa é uma atitude equivocada e prejudica o combate ao crime. “O que estamos tentando fazer é aferir a cifra oculta da criminalidade. Todo mundo na atividade profissional conhece alguém ou já foi vítima de crimes e não registrou o ocorrido, por causa da demora ou por falta de solução. Mas para a polícia trabalhar com inteligência precisa de mapas da criminalidade, de números, como por exemplo, onde o crime ocorre, a que horas e o modo operante do criminoso.”

Ela assegurou que a partir do mês de outubro haverá equipes treinadas visitando a população no intuito de levantar número ocultos.

 

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