fbpx

Desvirtuação do FGTS

por acm

Em alguns gabinetes do Governo Federal parece imperar um pensamento de que é correto onerar o setor produtivo, se apropriar de recursos de terceiros, descumprir acordos e aumentar o custo do emprego no Brasil. Pelo menos, essa foi a mensagem transmitida pela presidente Dilma Rousseff ao vetar o projeto de lei que acabava com a multa de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) paga pelo empregador no caso de demissão, sem justa causa, do empregado. A decisão é desmedida e precisa ser combatida pelo Congresso. A mobilização do empresariado também é fundamental para reparar o erro.

Desde a década de 90, o empregador já paga 40% de multa em caso de demissão sem justa causa do funcionário. É bom ressaltar que apenas esse valor é recebido pelo trabalhador. A contribuição adicional de 10% do FGTS foi criada em 2001 para resolver uma questão pontual: compensar um rombo decorrente de decisões judiciais que obrigaram o governo a compensar perdas dos planos Verão e Collor I. Esse encargo deveria ser extinto no momento de liquidação do passivo. Mas, à época, a lei não determinou um prazo para sua extinção. Ocorre que o deficit foi coberto e o dinheiro continua a ser cobrado das empresas.

No início de 2012, o próprio Conselho do FGTS informou que a conta estava paga e o adicional poderia ser extinto. Mas a presidência da República insiste em dizer que a extinção reduziria investimentos em programas sociais. A realidade é que o governo não deseja abrir mão de uma bolada de R$ 3 bilhões por ano, ainda mais quando ela serve para fazer superávit primário. Nesse ritmo, os encargos sociais sobre o trabalho continuam altos e a gera- ção de emprego fica comprometida. Assim, é difícil enxergar qual é o benefício para os empregados. Como eu ia dizendo, essa é a concep- ção sobre como deve ser um fundo para o trabalhador nos gabinetes do Planalto. É preciso derrubar esse veto, para o bem do Brasil.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 29/07/2013 Brasília, 29 de julho de 2013. Adelmir Santana – Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Olá! O nosso site usa cookies e, portanto, coleta informações sobre sua visita para melhorar nosso site. Por favor, consulte nossa página de política de cookies e  para mais detalhes ou concorde clicando no botão 'Aceitar'.

Configurações de cookies

A seguir, você pode escolher os tipos de cookies que permite neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FunctionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalyticalNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e Facebook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AdvertisingNosso site coloca cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OtherNosso site coloca cookies de terceiros de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.