O indicador que mostra a confiança do empresário do comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou aumento de 2,2%, em fevereiro na comparação com janeiro. Na comparação anual, no entanto, o índice caiu 19,9%. A pesquisa mostra ainda que pela primeira vez em seis meses, o indicador que mede as condições atuais cresceu em relação ao mês anterior. Ele subiu 16,5% e chegou a 43,5 pontos. Porém, segue numa zona de pessimismo, abaixo de 100 pontos.
Já o subíndice que mede as expectativas futuras do empresário do comércio alcançou 119,9 pontos em fevereiro, mantendo-se acima do nível de indiferença. Na comparação mensal, após dois meses seguidos de crescimento, houve redução de 0,7%. Em relação a fevereiro do ano passado, as expectativas dos varejistas acumulam queda de 9,8%, com perspectivas piores tanto para economia (-11,2%), quanto para o setor (-9,7%) e o próprio negócio (-9,0%).
De acordo com a divisão econômica da CNC, o resultado reflete a retração do comércio, provocada especialmente pela deterioração do mercado de trabalho, ambas observadas ao longo de todo ano passado. A entidade informa ainda que o volume de vendas do varejo deverá encerrar o ano de 2016 com recuo de 3,9% no varejo restrito, e de 7,8% no conceito ampliado – que inclui o comércio automotivo e de materiais de construção.