O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 81,9 pontos em outubro – um leve crescimento ante os 81,4 pontos observados em setembro. Entretanto, considerando os ajustes sazonais, o Icec ficou em 79,4 pontos – recuo de 3,0% na comparação mensal e 26,5% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com a economista da CNC Izis Ferreira, o ano de 2015 deve se consolidar como um dos piores para o comércio.
Segundo ela, tradicionalmente o empresário se prepara para a demanda das festas de fim de ano no último trimestre e por este motivo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio tende a melhorar, porém isso não garante uma contínua recuperação para 2016. “O ambiente político está incerto e isso compromete a economia. Até ter efetivamente um pacote de reajuste fiscal pelo Governo, o ambiente é de incertezas”, avalia a economista.
O subíndice que mede a satisfação dos empresários do comércio com as condições atuais da economia foi o componente do Icec que registrou a maior queda, tanto na evolução mensal (7,1%) quanto na anual (48,2%). Em outubro o subíndice ficou em 41,9 pontos – o menor nível desde o início da série histórica, em março de 2011. Na opinião de 94% dos seis mil empresários entrevistados pela pesquisa, a economia está pior que no mesmo período do ano passado. Diante desse cenário, a CNC revisou a queda no volume de vendas de 2015 de 2,9% para 3,6% no conceito restrito. Incluídos os dados do comércio automotivo e de materiais de construção, a retração é ainda maior: 6,9% até o final do ano.