O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 80,9 pontos em janeiro – um aumento de 4,4% em relação a dezembro do ano passado, quando registrou a mínima histórica. De acordo com o estudo, o resultado foi influenciado por variações positivas nas expectativas futuras dos empresários e a intenção de investir também melhorou.
Segundo a economista da CNC Izis Ferreira, esse foi o primeiro crescimento desde junho de 2015. “É um dado positivo, porém temos que enxergar com cautela, não tem como afirmar se 2016 será um ano de recuperação e melhor do que o ano anterior. Vamos analisar os próximos resultados”, disse a economista. Números abaixo de 100 indicam pessimismo e acima indicam otimismo por parte do setor produtivo. Para o fechamento de 2015, a CNC prevê queda de 4,1% nas vendas do varejo restrito. Já no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a previsão é de queda de 7,5%.
O subíndice que mede as expectativas futuras do empresário do comércio alcançou 120,8 pontos, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na passagem do mês, o componente registrou aumento de 5,5% – o segundo crescimento consecutivo. Na avaliação dos seis mil empresários entrevistados, as intenções de investimentos também melhoraram. O subíndice registrou aumento de 4,2% na comparação mensal, influenciado pelas intenções de contratação (+11,4%) e de investimentos na empresa (+0,3%).