Os comerciantes brasilienses estão reticentes em relação ao Dia dos Pais deste ano. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. Entre os empresários entrevistados, 40,4% acreditam que as vendas serão iguais em relação ao ano passado, 30,4% esperam vendas menores e apenas 29,2% aguardam por vendas maiores. Na média, a expectativa é de queda de 1,96% nas vendas em comparação com 2014, quando a previsão foi de crescimento de 9,47%. O levantamento foi feito com 332 empresas de 11 segmentos distintos.
Dentre os segmentos mais pessimistas em relação às vendas do ano passado estão: Relojoaria/Joalheria/Ótica (-8,79%); Material Esportivo (-7,17%); Lojas de Artigo para Presentes (-5,33%); Eletroeletrônicos (-4,00%); Livrarias (-3,70%); Perfumarias (-3,63%); Calçados e Acessórios (-1,22%) e Vestuário (-0,88%). Já os segmentos que esperam crescimento nas vendas são: Chocolatarias (7,69%); Lojas de Departamento (6,11%) e Restaurantes (0,75%).
Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o volume de vendas no Dia das Mães e no Dia dos Namorados foi atípico e retraído, por isso os empresários estão mais cautelosos com o Dia dos Pais deste ano. “A pesquisa apontou que 76% dos entrevistados culpam a crise econômica e 15,5% a falta de clientes e o baixo movimento para justificar o desempenho menor nas vendas”, explica Adelmir. Entretanto, ele destaca que as datas comemorativas representam um estímulo para o comércio, sendo que o Dia dos Pais é o quarto melhor período de vendas.
Na busca pelos consumidores, 57,2% confirmam que utilizarão estratégias específicas de vendas para o Dia dos Pais. Nesse universo, promoções/descontos e visibilidade da loja concentrarão aproximadamente 81,9% das estratégias que devem ser adotadas para alavancar as vendas pelos lojistas. Com a baixa expectativa de aumento nas vendas, apenas 21,4% dos entrevistados declararam que devem ampliar seus estoques.
Quando questionados sobre a intenção de contratação temporária para o Dia dos Pais, apenas 5,1% dos lojistas realizarão contratações para o período. Quanto às formas de pagamento, os empresários acreditam que o cartão de crédito/débito será o mais utilizado (50,8%); seguido pelo pagamento à vista com dinheiro (34,4%); cartão da loja (7,8%); crediário/carnê (4,9%) e cheque pré-datado (2%).
O preço médio do presente para o Dia dos Pais foi estimado pelos lojistas em R$ 100,18 – valor menor do que o registrado no ano anterior quando foi estimado em R$ 114,27. Foram pesquisados os segmentos de: Relojoaria/Joalheria/Ótica; Material Esportivo; Lojas de Artigo para Presentes; Eletroeletrônicos; Livraria; Perfumaria; Calçados e Acessórios; Vestuário; Chocolataria; Lojas de Departamento e Restaurantes.
Consumidor
A maioria dos consumidores brasilienses está disposta a comprar presentes para comemorar o Dia dos Pais. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. O levantamento ouviu 266 pessoas entre os dias 30 de junho e 1º de julho. De acordo com o estudo, 66,5% dos entrevistados têm a intenção de presentear o pai, 30% não comprarão nada e 3,5% ainda não sabem se gastarão com presentes.
A maioria dos consumidores dispostos a comprar pretende gastar com calçados (32,5%); relógio/óculos (32,1%); vestuário (29,4%); perfume (17,4%); eletrônicos (16,2%); almoço/jantar (5,3%); livros (3,8%); artigos esportivos (2,6%); chocolates (2,3%); e cestas (1,1%).
Além de presentear o pai, a maioria dos entrevistados (72,9%) pretende comemorar a data. Quanto ao local escolhido para comemoração, a casa dos pais foi à opção mais votada (33%); seguida pela própria residência (26,3%); shoppings (11,9%) e casa de parentes (10,8%).
O preço médio do presente ficará em R$ 156,20, na visão dos consumidores. A maioria pretende pagar em cartão de crédito (69,1%), seguido por dinheiro (59,3%) e cartão de débito (10,3%). O preço, promoções e qualidade dos produtos são os atrativos de maior poder sobre os consumidores.