Pela primeira vez em 11 anos, a expectativa de vendas para o próximo Natal registra queda e deverá levar o varejo a oferecer menos vagas temporárias voltadas para essa data comemorativa em 2015. De acordo com o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, os principais motivos são: os juros ao consumidor em níveis recordes e a confiança do consumidor registrando seguidamente pisos históricos mensais. A CNC revisou de -4,1% para -4,8% sua estimativa de variação do volume de vendas natalinas em 2015.
Segundo o economista, apenas os segmentos de farmácias e perfumarias (+1,0%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,8%) não apresentaram queda nas vendas, todos os demais segmentos apontaram para um resultado negativo na principal data comemorativa do varejo brasileiro. “As maiores perdas deverão ocorrer nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-17,6%) e de livrarias e papelarias (-15,1%). Mesmo diante da perspectiva de queda atingindo seis dos oito principais segmentos do varejo em relação ao Natal de 2014, a data deverá movimentar R$ 31,76 bilhões neste ano”, comenta Bentes.
Os segmentos de móveis e eletrodomésticos (-10,7%) e de livrarias e papelarias (-5,7%) deverão liderar a queda na oferta de vagas em 2015. Dentre os oito segmentos avaliados, há perspectiva de aumento de vagas apenas no ramo de farmácias e perfumarias (+1,8%). Apesar dos recuos na demanda por trabalhadores temporários neste ano, os segmentos de hiper e supermercados e de vestuário deverão responder por quase dois terços (65,9%) dos trabalhadores contratados.