A Confederação Nacional do Comércio (CNC) anuncia que é a favor do compromisso do governo em equilibrar as contas públicas. Na opinião do presidente da CNC, Antônio de Oliveira Santos, o Executivo Federal agradou ao afirmar que é a favor do contingenciamento dos gastos no País. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o objetivo é reduzir alguns tipos de gastos, antes de começar a introduzir novos impostos.
Antônio de Oliveira Santos defende que os cortes estejam alinhados com outras ações, a fim de canalizar recursos para a redução da dívida pública e o custeio de programas sociais. Ele também ressalta que outras medidas também poderiam ser adotadas para ajudar o novo mandato da presidente Dilma, como a transformação de empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal, em sociedades de economia mista, controladas pela União. Segundo Antônio, essa ação possibilitaria a venda aos particulares de até 49% das ações. Assim, os acionistas fiscalizariam melhor a empresa.
Oliveira Santos acredita ainda na importância de ajustes na área da Previdência Social, em que se aguarda a implementação do Fundo do Regime Geral da Previdência Social previsto no art. 250 da Constituição, porta de entrada para a adoção do regime de capitalização, no interesse dos trabalhadores segurados. Outro esforço para ajudar o País nesta nova fase de reestruturação, segundo a CNC, seria a diminuição do tamanho exagerado da Administração Federal que conta, atualmente, com 39 Ministérios, 128 autarquias, 34 Fundações Públicas e 140 empresas estatais, além das subsidiárias, principalmente as ligadas à Petrobrás e ao Banco do Brasil. A CNC reúne 34 federações com cerca de 1 mil sindicatos, representando 2,2 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo.