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Cenário indefinido

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Costuma-se dizer que no Brasil o ano só começa depois do carnaval. No meio político, a frase tem sido utilizada com euforia para dizer que o jogo começou. A menos de oito meses das eleições, os candidatos à presidência estão elaborando seus planos de governo. No Distrito Federal, no entanto, o cenário local ainda está confuso. Com base no raciocínio das lideranças nacionais, tenho a impressão de que demorará para 2014 ter início em Brasília, o que é ruim, sobretudo, para a oposição.

Hoje, pairam dúvidas sobre todas as candidaturas ao Buriti. Do lado governista, Agnelo Queiroz será candidato à reeleição, isso está definido. Não está claro, porém, quem serão seus aliados. Partidos outrora integrantes dessa chapa já abandonaram o barco. Além disso, os altos índices de reprovação de Agnelo encorajam setores do PMDB, que tem o vice Tadeu Filippelli, a alçar outros voos. Do lado oposicionista, um encontro na residência do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), juntou os ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz.Discutiu-se a chapa Arruda para governador, Liliane Roriz para vice e Gim Argello para o Senado.As dúvidas, nesse caso, residem nos partidários dessa coligação.

Os deputados Luiz Pitiman e Izalci Lucas, além do ex-secretário Márcio Machado, todos tucanos, se colocaram como pré-candidatos ao governo. Não sabemos como o PSDB resolverá isso numa eventual aliança com Arruda. Também possui afinidades com esse grande grupo a deputada Eliana Pedrosa (PPS), outra parlamentar em campanha ao GDF. Falta ainda entender qual será o papel do DEM, que no passado expulsou Arruda e recusou a filiação de Roriz. O seu presidente Alberto Fraga postula um cargo majoritário. Por fim, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato certo ao governo, não tem nem vice e nem um nome ao Senado. Fala-se sempre no deputado Reguffe (PDT) para uma dessas vagas. Diante desse emaranhado, sobra balão de ensaio e falta uma união capaz de mudar Brasília, como espera a população.]

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 10/03/2014.

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