Faltam quase dois anos para as eleições de 2018, mas assim como ocorre em todo o País, o xadrez político também começa a ser desenhado antes no Distrito Federal. Na semana passada, o senador Cristovam Buarque declarou o rompimento do PPS com o governo Rollemberg e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli foi absolvido pela Justiça, o que o coloca em posição para disputar o Buriti no ano que vem. Esses dois fatos são significativos para Brasília. Como sabemos, Filippelli e Cristovam são políticos importantes e de renome. Os gestos deles influenciarão consideravelmente a corrida eleitoral.
Outros acontecimentos, como a eleição do deputado Joe Valle para a presidência da Câmara Legislativa, derrotando a chapa apoiada pelo atual governador, e a liderança das deputados federais Izalci Lucas e Rogério Rosso, também movimentam a nossa política. Não podemos esquecer o senador Reguffe. Apesar de não se colocar diretamente na disputa, ele é um nome forte, detentor da simpatia do eleitorado. Temos também, obviamente, o governador Rollemberg, que não deixará de defender a sua reeleição. Em tese, neste momento, todos esses líderes representam eventuais candidatos ao governo ou, no mínimo, possuem a capacidade de influenciar os grupos políticos ao redor de um nome.
Ganhará terreno aquele que formar alianças. Também não se podem menosprezar os movimentos que surgem além da política tradicional. Percebe-se no mundo inteiro uma tendência de rejeição aos políticos de carreira. Sempre podem surgir nomes mais próximos da sociedade ou das instituições representativas. Qualquer um que se apresentar como favorito pode vir a ser atropelado pelos fatos. Continuo tendo a forte impressão de que sairá vitorioso o grupo que souber construir um projeto concreto e de futuro para Brasília, unindo política, capacidade de gestão, esperança e confiança do eleitorado. Os brasileiros estão decepcionados. Parece-me que o tempo das promessas já passou. A ordem é fazer acontecer!
Adelmir Santana
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)