A maioria dos brasilienses está disposta a comprar presentes para comemorar o Dia das Mães. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. O levantamento ouviu 409 pessoas, sendo 253 mulheres e 156 homens. De acordo com a análise, 80,9% dos entrevistados têm a intenção de comprar algum presente para o Dia das Mães, 16,4% não comprarão nada e 2,7% não souberam responder.
Para aqueles que têm a certeza em presentear suas mães, o destaque ficou para o setor de vestuário, preferência tanto para as mulheres (26,3%) quanto para os homens (17,3%). Além dos presentes, a maioria dos entrevistados (60,1%) pretende comemorar a data. Quanto ao local escolhido para a celebração, a própria casa foi a opção mais votada entre homens e mulheres (40%), seguida pela residência dos pais (28,9%); restaurante (17,1%); casa de parentes (8,1%); shoppings (4,1%) e outros (1,6%).
Visão dos lojistas
A segunda data mais importante para o comércio, o Dia das Mães, não animou os lojistas do Distrito Federal este ano. O crescimento esperado nas vendas é de 3,72%. Trata-se do menor percentual de expectativa desde 2009, quando o índice foi de 0,86%. Esses números denotam uma cautela dos empresários da cidade. No ano passado, a expectativa de incremento nas vendas era de 9,78% para o período.
A maioria dos empresários entrevistados (64,7%) declarou ter uma expectativa pessimista para o Dia das Mães, afirmando que as vendas serão menores, ou no máximo iguais as do ano passado. Apenas 35,3% disseram que aguardam vendas maiores do que no ano anterior. Neste cenário conturbado, 59,4% dos estabelecimentos afirmaram que o principal motivo para a baixa expectativa é a crise econômica.
Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a atual conjuntura e os resultados de consumo baixo em 2015 resultam em uma visão mais realista por parte dos comerciantes. “O comportamento dos empresários segue as incertezas apresentadas pela economia nacional e local. O que temos observado desde o ano passado é uma desaceleração contínua nas vendas, sem contar a alta de impostos e a falta de estrutura para o setor produtivo que desanimam os lojistas”, explica Adelmir.
O segmento de Utilidades do Lar é o mais otimista, espera crescimento de 16,75%. O setor mais cauteloso é o de floricultura, com estimativa de recuo de -5,27% nas vendas. Sobre as contratações temporárias, a maioria dos entrevistados (80,7%) afirmou que não pretende reforçar o quadro de funcionários para o período, 12,3% vão contratar e 7% ainda não decidiram. “O cenário não tem sido convincente para a manutenção de postos de trabalho. Foi assim no Natal e na Páscoa. Caso a tendência se confirme, podemos prever demissões no comércio depois do Dia das Mães, em especial se, mais uma vez, o resultado das vendas for ruim”, pondera o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana.
Na busca pelos consumidores, 48,1% dos entrevistados declararam que realizarão promoções e descontos como estratégias para melhorar as vendas e 20% pretendem investir em publicidade. Em relação aos estoques, 40% dos lojistas ampliaram suas reservas de mercadorias. Os segmentos com maior variação nesse sentido são os de livraria e deeletroeletrônicos, com crescimentos de 76% e 75%, respectivamente.
Já no aspecto de preço dos presentes, 8,7% dos lojistas reconhecem que devem elevar o valor dos produtos em 2015, o que resultará em aumento de preços em 1,01%. A principal justificativa é o aumento de custo pelo fornecedor. Quanto ao preço médio do presente para o Dia das Mães, os empreendedores acham que o cliente brasiliense vai desembolsar em torno de R$ 114,27 nas mercadorias. Já nas formas de pagamento, os empreendedores acreditam que o cartão de crédito será o mais utilizado (50,8%); seguido pelo pagamento à vista (34,4%); cartão de loja (7,8%) e crediário/carnê (4,9%).