E m novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 1,0% em relação a outubro, considerados os ajustes sazonais. A queda de 2% no subitem que mede o grau de satisfação com as condições atuais do empresário do comércio foi o maior responsável pela retração mensal.
Ainda nesse subitem, a crescente insatisfação com as condições econômicas atuais foi o maior destaque, ao recuar 4,0% ante o mês anterior, além das quedas das expectativas (-0,5%) e das intenções de investimentos (-0,8%). Já na comparação com novembro de 2013 todos os nove componentes recuaram, levando o Icec a ceder 11,0% no período. Segundo a CNC, o crescimento de 3,2% nas vendas em 2014 deverá ser o menor desde 2003 (-3,7%). Para 2015, a CNC projeta alta de 3,8%.
“Embora o comércio ainda apresente taxas positivas em termos de variação do volume de vendas, o setor não está imune à desaceleração do mercado de trabalho, ao encarecimento do crédito e à inflação ainda em níveis elevados. Em novembro, os três subíndices que compõem o Icec – que medem as condições atuais, as expectativas e o crescimento do empresários – apresentaram retrações nas comparações mensal e anual”, explica o economista da entidade, Fabio Bentes.