Empresários que operam lojas de conveniência em parceria com o Banco Regional de Brasília (BRB) participaram de audiência pública da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa, na manhã desta quarta-feira (26). A iniciativa foi do deputado Wasny de Roure (PT). Entre os objetivos do encontro estava a discussão de alternativas de melhoria do relacionamento entre lojistas e representantes do banco. Os comerciantes apresentaram queixas sobre a falta de diálogo com o banco e sobre o sistema operacional oferecido pela a entidade bancária.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, esteve presente na audiência e sugeriu à diretoria do banco que reveja a exigência de os conveniados terem que depositar R$ 20 mil para terem direito ao negócio. “Esse custo pode parecer pequeno, mas traz dificuldades enormes para muitos conveniados”, advertiu. Adelmir também salientou que para melhorar a relação do BRB com os conveniados é necessário um maior diálogo entre as partes.
Wasny enfatizou aos participantes da audiência a relevância do papel social desempenhado pelas lojas de conveniência e defendeu a necessidade de o banco ouvir sempre as reivindicações apresentadas pelos comerciantes. “Essas lojas de conveniência estão colaborando com o desenvolvimento do próprio BRB, além de incentivar a economia local de várias cidades, onde o banco sequer tem agência”, justificou o parlamentar.
A representante do BRB na audiência pública e diretora de Distribuição e Vendas, Kátia Queiroz, negou que esteja em curso uma política de desvalorização das lojas de conveniência. “O BRB reconhece a importância das lojas de conveniência e não pode prescindir desse serviço”, ressaltou. Ela lembrou aos comerciantes que o banco é muito cobrado e fiscalizado por órgãos, como o Banco Central, e sustentou que é preciso aprimorar certos procedimentos constantes do contrato. “Anotei todas as colocações feitas aqui e vou levá-las ao conhecimento do presidente do BRB”, garantiu.