As vendas do comércio brasiliense fecharam 2016 com uma queda de -6,19% em relação ao ano anterior. Serviços também acumulou um resultado negativo, com queda de -7,74%, como mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio com o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, sendo 595 do comércio e 305 de serviços. No acumulado do ano (jan 2016 x dez 2016) as vendas tiveram queda de -6,45% (comércio e serviços).
Como ocorre tradicionalmente, o resultado das vendas de dezembro em comparação com novembro foram positivos. Mas o Natal não foi suficiente para alterar a trajetória de queda ao longo do ano. Em dezembro de 2016, as vendas do comércio cresceram 15,84% na comparação com novembro. Já as vendas do setor de serviços cresceram 8,13%.
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, explica que este movimento do último mês do ano é sazonal e caracteriza-se pelo pico de vendas natalino. Ainda segundo ele, o resultado negativo do acumulado do ano já era esperado. “O desempenho do comércio de bens e serviços neste ano é um reflexo do momento econômico em que vivemos, tanto em âmbito nacional quanto regional e local. Ao longo do ano, percebemos o fraco desempenho nas vendas em relação as datas comemorativas, que funcionam como termômetro para os empresários. O recuo da massa real de rendimentos das pessoas ocupadas e também a maior restrição do acesso ao crédito comprometeram o volume das vendas e tiveram como reação o desaquecimento no varejo ao longo do ano”, ressalta Adelmir Santana.
É importante ressaltar que a Pesquisa Conjuntural é realizada apenas com Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal. Apenas um segmento do comércio registrou queda nas vendas em dezembro: Ferragens e Ferramentas (-0,03%). Todos os outros apresentaram crescimento nas vendas em comparação com o mês anterior: Calçados (38,28%); Vestuário e Acessórios (-37,00%); Artigos de Armarinho, Suvenires e Bijuterias (27,90%); Papelaria e Livraria (27,74%); Cama, Mesa e Banho (26,92%); Comércio Varejista de Bebida (21,44%); Joalheria (21,01%); Cosmético e Perfumaria (19,44%); Auto Peças e Acessórios (15,01%); Móveis (12,16%); Minimercados, Mercearias e Armazéns (7,05%); Ótica (6,92%); Farmácia (6,73%); Suprimento de Informática (4,31%); Padaria e Confeitaria (4,28%); Material de Construção (3,63%).
No setor de serviços, os segmentos que apresentaram queda nas vendas foram: Promoção de Vendas (-6,99%); e Atividades de Condicionamento Físico (-3,19%). Os segmentos que registraram crescimento nas vendas em dezembro foram: Cabeleireiros (38,35%); Organizações de Feiras, Congresso e Festas (19,14%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (13,26%); Sonorização, Fotografias e Iluminação (8,53%); Manutenção e Serviços em TI (2,53%) e Capacitação e Treinamentos (0,49%).
Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais utilizado nas compras durante todo o ano de 2016. Em dezembro, a modalidade respondeu por 42,86% das vendas no comércio. No setor de serviços, foi responsável por 33,44% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae.