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Adelmir Santana
Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

A presidente, os deputados, os governadores e os prefeitos – enfim, todos os governantes de uma forma geral – precisam ouvir a voz das ruas. Mas o que desejam as ruas. afinal? O Brasil parece estar imerso, mais uma vez. em um oceano de contradições. Aqueles que em um passado não muito distante bradavam “fora FHC”, hoje se mostram de uma hipocrisia sem tamanho e chegam a criminalizar os protestos, chamando os manifestantes de “golpistas”. Uma vez no Poder, se mostram capazes, inclusive, de financiar movimentos sociais com recursos públicos para fazer a defesa do governo, algo muito grave.

Por outro lado, impressiona nas manifestações convocadas pela oposição, a diversidade de pleitos – muitos contraditórios entre si -, a falta de lideranças e de um direcionamento. Evidentemente, isso não diminui em nada a legitimidade dos atos, pois a contradição faz parte da democracia, mas é necessária uma reflexão mais profunda. Parte desse comportamento que estamos presenciando hoje no Brasil, essa ausência de projeto, decorre de uma falência no modelo de representação e participação popular. Os partidos perderam a credibilidade quando passaram a servir como legendas de aluguel. E a grande maioria dos políticos se perdeu quando passou a colocar interesses individuais acima dos coletivos.

Creio que, a exemplo das manifestações de 2013, a população está absolutamente certa em ir para as ruas protestar. Ninguém aguenta mais tamanha roubalheira. Mas a ausência de um Norte, de um plano para o Brasil, dificulta uma mudança mais profunda. Percebemos que tanto o Congresso quanto o Executivo estão perdidos. Nesse desgoverno, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça têm se empenhado para que a situação não saia totalmente do controle. Para começarmos a mudar a realidade, é hora de intensificar ainda mais o combate à corrupção, com alterações processuais que tornem o julgamento mais eficaz. Essa seria uma bandeira capaz de unificar o País e, quem sabe, motivar uma reforma política.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília e no Jornal Alô Brasília, 24/08/2015.

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