O secretário adjunto do Trabalho, da Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal (Sedestmidh), Thiago Jarjour, apresentou aos diretores da Fecomércio-DF, durante a reunião mensal de diretoria da entidade, realizada nesta quarta-feira (30), algumas mudanças na secretaria que geraram uma redução de gastos de R$ 4,2 milhões. Esse foi o montante que a pasta conseguiu economizar aos cofres públicos em 2016 após adotar uma série de medidas de corte de despesas. Durante a reunião, o secretário anunciou também que 4 mil pessoas devem participar da Campus Party Brasília, de 14 a 18 de junho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Essa é a primeira vez que o evento ocorrerá no Distrito Federal. A expectativa é fortalecer o ambiente de inovação e tecnologia do mercado local.
De acordo com Jarjour, o ponto que mais impactou as contas da secretaria foi a mudança de endereço de algumas unidades. Agências do trabalhador de Planaltina, Itapoã, Guará e Recanto das Emas passaram a funcionar dentro das administrações regionais. Os valores dos alugueis variavam entre R$ 3.943,34 e R$ 17.000, poupando R$ 645.465,60 no acumulado de 12 meses. A sede da secretaria migrou do Setor Bancário Norte, deixando de pagar R$ 1.462.800 de aluguel anuais. Com a ida para o prédio onde já funcionava a Agência do Trabalhador no Setor Comercial Sul, o valor do contrato baixou para R$ 971 mil anuais, sendo 60% (R$ 582.600) custeados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, via convênio. Isto representa economia de R$ 1.076.673,54 por ano ao GDF.
O secretário explicou ainda que outras soluções simples, como a mudança da telefonia tradicional para o sistema de Voip (ligações via internet), reduziu as contas anuais em R$ 783,6 mil em relação às do governo anterior. Para ele, as mudanças funcionam como uma questão de respeito ao contribuinte. “Precisamos entregar sempre o melhor resultado com o menor custo possível. Essa é a premissa de qualquer empreendimento de sucesso, seja público ou privado. Eu e a equipe da secretaria sentamos, analisamos as contas e identificamos pontos nos quais poderíamos cortar custos, sem prejuízos aos serviços prestados à população”, destacou.
Campus Party Brasília
Durante a reunião, Thiago Jarjour explicou que a secretaria tem atuado para aproximar a juventude empreendedora da cidade das oportunidades criadas pelo festival Campus Party, considerado o maior do mundo a reunir jovens para discutir inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital. Quem pretende acampar no espaço já pode adquirir o ingresso para o evento. Até 31 de março, fica aberta a pré-venda dos passaportes pelo site oficial da Campus Party. “A Campus Party deve trazer muitas contribuições para Brasília. Temos visto o despertar de uma veia empreendedora muito forte, que pode estimular uma nova matriz econômica”, explicou Thiago.
O fortalecimento do empreendedorismo na cidade é um dos legados da edição Brasília, de acordo com o secretario. A proposta foi levada pelos empreendedores para a Campus Party Brasil de 2016, em São Paulo. Lá, eles apresentaram a ideia e captaram investidores para aprimorar a plataforma.
Áreas mais beneficiadas pelo Prospera-DF
O Secretário de Trabalho comunicou ainda que microempresários terão R$ 11 milhões de incentivo do governo em 2017. Segundo dados apresentados durante a reunião, neste primeiro lote de 2017, foram distribuídos R$ 100.510,58 em empréstimos para oito microempresários urbanos (com o total de R$ 55.060) e dois rurais (R$ 45.450,58). O segundo lote, com cerca de R$ 419 mil, será entregue em 18 de abril. “O fundamental é que os donos de pequenos negócios procurem as Agências do Trabalhador, se informem e busquem o financiamento”, enfatizou Thiago.
A primeira edição do Prospera, em 2015, beneficiou 248 microempreendedores, com R$ 3.030.673,29. No ano passado, 823 pessoas fizeram jus ao empréstimo, com a quantia de R$ 9.912.279,07. De acordo com levantamento da Secretaria do Trabalho, os setores mais beneficiados com o Prospera foram agricultura (42%), comércio (37%), serviços (11%), indústria (6%), pecuária (3%) e artesanato (1%). A área urbana ficou com 55% do montante, e a rural, com 45%.