Mais uma vez o Governo Federal pretende transferir a conta dos seus gastos para o cidadão. Ao invés de assumir a responsabilidade pelo rombo no orçamento, o Poder Executivo planeja repassar a fatura para as empresas e trabalhadores. A maldade agora pode vir na forma de um aumento do PIS-Cofins. Sob o pretexto de que é preciso reformar esses impostos, o governo estuda fazer com que as empresas de setores como serviços, educação e construção civil passem a pagar uma alíquota de 9,25% sobre o faturamento e não mais de 3,65%.
Para justificar a ideia, oferece como compensação um abatimento na aquisição de novas mercadorias. Ocorre que nesses setores a principal despesa é com mão de obra. Portanto, não haverá compensação. Na verdade, o governo estará prejudicando algumas das atividades que mais geram emprego no Brasil. Pela proposta, quanto maior o peso da folha, mais a empresa será penalizada. Essa mudança não apenas inviabilizará milhares de negócios, como comprometerá a manutenção de mais de 20 milhões de postos de trabalho. Segundo os cálculos, o aumento no PIS-Cofins deve gerar um aumento de 4,3% nos preços gerais.
Ou seja, a inflação subirá, a educação e a saúde ficarão mais caras e até o preço da casa pró- pria vai aumentar. Todos sairão perdendo. Esses números revelam que por trás do argumento de simplificação, na verdade reside um interesse do governo de transferir o ônus para o contribuinte. Como entidade representativa do setor produtivo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal não aceitará esse golpe. Com outras instituições, realizaremos uma mobilização no dia 8 de dezembro, em Brasília, na sede da CNC, às 14h, para reafirmar a nossa posição contra mais esse aumento. Esperamos a união de toda a bancada brasiliense para, juntos, neutralizarmos essa proposta. O Brasil não precisa de AUMENTO DE IMPOSTOS, mas sim de redução de gastos e estímulo ao desenvolvimento econômico e social.
