O Brasil fechou o trimestre terminado em junho deste ano com uma taxa de subutilização da força de trabalho em 24,6%, o que representa 27,6 milhões de pessoas — O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos. É o que mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE informa que a taxa observada no final de junho é praticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%), já na comparação com o segundo trimestre de 2017 (23,8%), o índice registrou aumento. São 13 milhões de pessoas sem emprego, 6,5 milhões subocupados e 8,1 milhões que poderiam trabalhar, mas não trabalham; destes, 4,8 milhões são pessoas que desistiram de procurar emprego, trata-se do maior contingente de desalentados da série histórica da pesquisa, que começou em 2012.
Entre as unidades da federação, Alagoas (16,6%) e Maranhão (16,2%) registraram a maior taxa de pessoas que desistiram de procurar emprego. A Região Nordeste concentra 60,2% dos desalentados do país. O Sudeste aparece em 2º lugar, com 20,8% do total. Os números do IBGE mostram ainda que o desemprego atinge mais as mulheres. A taxa de desocupação no 2º trimestre foi de 11% entre os homens e de 14,2% entre as mulheres.