Passado o processo de impeachment, fica cada vez mais necessário construir um novo Brasil. Vivenciamos nos últimos meses uma crise sem precedentes na história da nação. O País ficou praticamente paralisado em função do acirramento do debate político e do agravamento dos problemas econômicos e sociais. Apesar de todos esses entraves, a democracia foi respeitada e os seus instrumentos foram utilizados para que pudéssemos encerrar mais este capítulo da história brasileira, de cabeça erguida. É imperativo, agora, no entanto, focar na retomada do desenvolvimento e trabalhar pelas reformas capazes de transformar a nossa realidade.
Com a definição de um governo permanente, acredito que o ambiente econômico deve melhorar. O mercado dá sinais de que essa estabilidade beneficia tanto os investidores quanto os consumidores, que podem voltar a fazer planos mais duradouros e tendem a recuperar a sua confiança no ambiente político e econômico. Somente essa mudança de paradigma já representa, por si só, uma boa dose de otimismo. No entanto, será essencial também trabalhar pelas reformas trabalhista, fiscal e previdenciária, sob o risco de o Brasil não avançar nas mudanças que tanto precisa.
É fundamental ter crença nessas reformas. O presidente Michel Temer mostra, de imediato, o seu interesse em promover essas transformações. O setor produtivo e o restante da sociedade esperam que os parlamentares do Congresso Nacional estejam alinhados com esses planos, pois somente com o apoio da maioria será possível aprovar essas medidas. Estamos cientes de que serão necessários alguns ajustes, mas não podemos cometer os mesmos erros de outrora. A partir dessas reformas, o Brasil seguirá o caminho do desenvolvimento e poderá, com um Estado reduzido e mais eficiente, inaugurar um novo ciclo. Faz parte de missão primar pelo respeito à lei e o combate à corrupção, construindo verdadeiramente um futuro mais promissor.
*Adelmir Santana, Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)